Por Mauro Beting
Meu palpite no bolão da firma era um zero a zero tecnicamente fraco. Derby chato. Mas foi ainda pior. Como o pior Paulistão que já vi. E não apenas pela parada que afeta a qualidade do jogo.
Clássico sem público, sem graça, sem futebol, sem ousadia, sem alma. Fora uma desnecessária treta aos 41 minutos entre Vital e Roni, nem isso teve. Raphael Claus foi bem. A entrara dura de Jô em Gomez para mim era para amarelo. Laranja no máximo.
Mas o jogo foi mesmo bege. Off-white. Descolorido.
Primeiro tempo diferente dos últimos Derbys em que o Corinthians foi bem melhor (ou bem mais vitorioso) do que o Palmeiras. O Timão foi ligeiramente superior nos 45 minutos iniciais de nível inferior. Teve mais chances (3 x 2). Mas nem tantas assim.
O Palmeiras até foi melhor no tempo final. Teve uma falta de Bruno Henrique bem defendida por Cássio, aos 25, e um tiro perigoso de Willian aos 28. Dois que entraram depois e melhoraram o que não era bom. Mas em um jogo que ficou ainda pior.
O Corinthians não chegou à meta de Weverton na segunda etapa. Nenhuma chance alvinegra em todo o segundo tempo que fedia à empate. E deixou mesmo um mau gosto de um futebol desgostoso.
A final segue aberta. O Palmeiras ainda tem mais time, elenco, futebol e chances.
Mas depois de partida tão pálida, novo empate que levaria aos pênaltis não pode ser descartado.
O que não pode é ser outro clássico tão ruim.
O Derby não pode ser só isso.