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1/6/1970 - Marco Antonio sentiu virilha: Everaldo titular na estreia

Jornalistas no México apostavam  numa final entre Brasil x Itália. Seleção estrearia dois dias depois contra a Tchecoslováquia.

Por Mauro Beting

Ele já não estava bem. Zagallo já o criticara abertamente. Pelé, Carlos Alberto e Gerson também entendiam que ele precisava de um chá de banco. João Saldanha achava que ele não era o lateral-esquerdo excelente do Fluminense porque estava lesionado...

Não teve mais jeito. Marco Antonio estava fora da estreia, dois dias depois, contra a Tchecoslováquia.

Uma lesão muscular na virilha esquerda durante um bate-bola em que ele treinava como goleiro o tirou do time titular. Lídio de Toledo já confirmara o afastamento.

"Comecei a sentir dores no local desde o treino de domingo. Agora estiquei a perna em um chute do Rivellino e não teve jeito. Mas eu vou me esforçar para voltar o quanto antes do time".

Everaldo se disse em condições de começar na lateral. "Estou sem ritmo de jogo. Mas pronto para jogar".

Zagallo não abriu a escalação, porque nenhum treinador também abria o jogo. Mas se sabia que a equipe, sem Marco Antonio, seria Félix; Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Pelé e Rivellino; Tostão.

No banco, ao lado do treinador, Ado, Fontana, Paulo César Caju, Roberto e Edu.

Muitos jornalistas ouvidos pelo O GLOBO e FOLHA DE S.PAULO diziam que o Brasil seria o primeiro colocado no grupo, ao lado da campeã de 1966 Inglaterra. Do outro lado, a maioria apostava em Itália (campeã europeia em 1968) e Alemanha.

João Saldanha seguia otimista em O GLOBO, mas ainda crítico com seu sucessor no comando da Seleção. Reiterando: ácido como sempre foi, mas não desleal, e nem oportunista: "Brasil, que dança samba, está em ritmo de fox-blue".

Foi definido que não apenas o cortado ponta-direita Rogério seria o observador dos adversários da Seleção. O auxiliar de preparação física Carlos Alberto Parreira estaria ao lado dele. Eles viram a estreia de búlgaros e peruanos.

Goleiros brasileiros estrearam no treino luvas novas trazidas da Argentina pelo consul-adjunto do Brasil em Buenos Aires. Lauro Moreira trouxe cinco pares para os três goleiros. Luvas pretas com detalhes amarelos.

Mas Félix voltava a afirmar que só usaria luvas nos treinos e se chovesse durante os jogos.

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