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18/4/1970: Tostão era reserva de Pelé

No dia a dia da prepação da melhor seleção de todos os tempos, Zagallo mantinha Tostão apenas como opção de Pelé. Dario seguia como titular.

Tostão, durante as Eliminatórias de 1969
Tostão, durante as Eliminatórias de 1969

Por Mauro Beting

Seleção chegou de Vasp fretado a Belo Horizonte naquele sábado, 18 de abril de 1970. No dia seguinte tinha seleção mineira dirigida por Telê Santana, então começando a carreira brilhante de treinador. Telê que, como jogador, fazia pela direita o que depois Zagallo faria pela esquerda: um ponta que voltava e fechava o meio-campo. Como o então treinador da Seleção queria de Paulo César Caju. Mas não vinha conseguindo no 4-3-3 proposto.

A preocupação maior da delegação brasileira em Minas era a condição clínica de um titular: o ponta-direita Rogério tinha sentido na véspera o músculo posterior da coxa direita. Mais uma vez. Jairzinho seria o seu substituto no Mineirão.

Rogério era a maior preocupação da comissão técnica. Não poucos já defendiam o corte dele por tantas lesões seguidas. E questionavam o porquê do doutor Lídio de Toledo ter sacrificado tão rapidamente Toninho Guerreiro e o zagueiro colorado Scala, ainda no início dos trabalhos em fevereiro, e ter tamanha paciência com o atacante do seu clube.

Tostão só dependia do oftalmologista o liberar para voltar de vez a campo. Uma hemorragia ocular preocupava. Ele estava quase pronto a retornar depois de seis meses parado pelo descolamento de retina. Mas Zagallo insistia na tese de que gostaria de um centroavante de área. Ou "ponta-de-lança" como ele preferia chamar um camisa 9.

Não queria um meia-atacante avançado. Como Tostão brilhava no Cruzeiro. Como tinha sido goleador nas Eliminatórias com Saldanha. Para Zagallo, Pelé e Tostão não jogariam juntos.

"Tostão é reserva. Nem por decreto eu tiro o Pelé do time".

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