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19/6/1970 - Brasil pronto para a final de domingo

Seleção reconhecia o gramado do Azteca, palco da grande final que, se terminasse empatada, teria mais 30 minutos de prorrogação; mantido o empate, jogo-extra seria disputado na terça-feira. Novo empate, mais uma prorrogação. Caso mantido o empate depois de 240 minutos, o destino final da Jules Rimet e o título de 1970 seria decidido por... SORTEIO!!!!

Jairzinho, o melhor jogador do Brasil na Copa-70
Jairzinho, o melhor jogador do Brasil na Copa-70

Por Mauro Beting

11h30 daquela sexta-feira: o Brasil chegou ao estádio Azteca para reconhecer o gramado. Era para ser meia hora de bate bola. Virou uma hora de treino.

Gérson foi o único poupado. Estava abaixo do peso. Um quilo, depois de ter perdido quatro quilos na semifinal contra o Uruguai, quarta-feira, em Guadalajara.

O camisa 8 disse teR grande admiração e respeito por Rivera, "Il Bambino D'Oro". E também não entendia como ele era reserva da Itália para a final de domingo. "Joguei uma vez contra ele há 10 anos, na Olimpíada de Roma, e perdemos por 2 a 1. Vamos ver se agora eu cobro essa dívida. Deixar o Rivera de fora da Itália é como tirar o Pelé ou o Tostao ou o Rivellino do Brasil".

Carlos Alberto disse que a Taça ficará em ótimas mãos independente do vencedor. "A Itália tem um time técnico, rápido e perigoso". Perguntado se ele se preocupava em marcar Gigi Riva, um dos maiores atacantes do mundo, o capitão disse que imaginava que a mesma preocupação estavam tendo os zagueiros italianos com Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino.

Clodoaldo disse que sairia menos para o jogo na final, resguardando mais a defesa. Brito falou que era o jogo mais importante da vida dele. "Em 14 anos no Vasco só ganhei um títulos de aspirantes. Lutarei até a morte para ser campeão do mundo".

Se ganhasse no domingo, Brito admitiu aos jornalistas que gastaria todo o dinheiro que tinha numa ligação telefônica para o Rio. "Quero ouvir o barulho da festa na Ilha do Governador. Só vou desligar o telefone quando ouvir o meu cachorro latir".

Félix ainda se ressentia pelas críticas recebidas. "Depois da decisão acho que muita gente vai enfim entender que nossa defesa não é tão ruim quanto apregoam".

Everaldo seria mantido na equipe e garantia que a equipe já tinha atingido o grau de maturidade necessário para não se enervar durante os jogos. "Já saímos atrás do placar na última partida, e também na primeira. Soubemos administrar a situação e revertemos a desvantagem. Estamos prontos".

Piazza cobrava mais atenção: "não podemos bobear como no início do jogo contra o Uruguai. Se nossa defesa segurar o tranco lá atrás, nosso ataque vai definir o jogo lá na frente. Temos time para ser campeões. Para provar que nossos quatro meses de foco, de renúncia e de preparação valeram a pena".

Zagallo desta vez foi quem menos falou. Por motivo justo. Estava rouco. Só disse que a final seria dificílima. E que o time seria o mesmo da virada sobre o Uruguai (e que era o mesmo da virada contra a Tchecoslováquia). O banco também seria o mesmo da semifinal: Ado, Fontana, Marco Antonio, Paulo César e Roberto.

Do lado italiano, o volante do Milan e zagueiro na Squadra Azzurra Rosato ainda não sabia quem teria marcar na Cidade do México. "Acredito que será o Tostão, que joga mais adiantado. Mas se possível seria melhor não o marcar e nem ter que marcar o Pelé".

Ferrucio Valcareggi, treinador italiano, disse que o Brasil tinha um ataque mais forte do que o alemão, mas que a equipe eliminada pela Itália na semifinal era mais "organizada" que o Brasil.

No Rio de Janeiro, o presidente da CBD combinou com as autoridades como seria a chegada da delegação ao Brasil, na terça-feira. Ganhando o não a Copa.

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