30/5/1970 - Lideranças queriam Everaldo na lateral-esquerda
Pelé, Carlos Alberto e Gerson não estavam gostando das atuações e do comportamento do titular Marco Antonio. Brasil estrearia em 3 de junho.
Por Mauro Beting
No quarto do atacante Dario, naquele sábado, os líderes e mais experientes Pelé, Gérson e Carlos Alberto conversaram mais uma vez bastante. Estavam preocupados com o desempenho de Marco Antonio na lateral-esquerda. Ótimo no apoio, mas não vinha rendendo tão bem na frente. Na defesa vinha deixando a desejar. Falariam isso com Zagallo.
Mas o entendimento dos líderes, de boa parte da comissão técnica, e também do ex-treinador João Saldanha, era mesmo de que o lateral do Fluminense estaria muito "metido". Marrento. Estaria se achando demais.
Por isso crescia a cotação de Everaldo para que começasse a Copa em 3 de junho. Zagallo já havia publicamente falado a respeito. Mas ainda não tinha tomado a decisão de trocar o lateral-esquerdo.
O presidente da comissão técnica Antonio do Passo havia determinado que os atletas não deveriam receber notícias dos jornais brasileiros. Ainda que a imprensa estivesse mais otimista nos últimos dias. Ou menos ácida.
Pelo menos a carioca. A paulista seguia mais azeda. Para o jornal paulistano FOLHA DA TARDE, "não será surpresa se o Brasil não passar da primeira fase"...
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