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60 anos de uma perfeita imperfeição

Maradona esteve à frente do seu tempo e nunca se preocupou em ser um herói perfeito. Talvez nunca tenha se preocupado em ser herói

Por Vitor Sérgio Rodrigues

Quando Diego Armando Maradona nasceu, há 60 anos, um super-herói era retratado em quadrinhos, filmes e em rádios-novelas como alguém perfeito, tipo o Clark Kent / Superman. Hoje essa temática mudou e um super-herói é retratado de forma multi-dimensional, como alguém que erra, falível. Maradona esteve à frente do seu tempo e nunca se preocupou em ser perfeito. Talvez nunca tenha se preocupado em ser herói.

Mas foi. E é. Um herói que levou a Argentina a um título mundial épico, no mais próximo de "ganhou um título sozinho" que temos na história do futebol. Atuações inacreditáveis, gols antológicos (o gol de mão, particularmente, não considero como algo genial, pois é uma trapaça, mas pelos conceitos da época, contribuiu para o aumento do mito) e uma conquista que serviu como redenção para um povo.

Logo depois, fez algo parecido em nível de atuação e em relevância para os napolitanos com a camisa do Napoli. Numa época em que o futebol não se preocupava em proteger gênios como ele, sem dúvida um dos atletas que mais apanhou na história do jogo. Reconfirmou a condição de super-herói para dois povos dos mais apaixonados do mundo. A imperfeição que descobrimos depois, possivelmente só aumentou a intensidade dessa relação.

Passei toda a minha vida tendo certeza de que Maradona foi o melhor jogador que eu vi. Atualmente, tenho dúvida se foi ele ou é o Messi. Mas o que não há dúvida é que Maradona é o personagem mais complexo e humano que vi no futebol. E que ao contrário da maioria dos super-heróis está envelhecendo. Feliz aniversário!

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