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9/6/1970 - Brasil desfalcado contra Romênia

Gérson e Rivellino não atuariam em partida que deveria definir classificação em primeiro do Grupo da Morte - expressão que não se usava, mas que bem definia a dureza enfrentada pela equipe de Zagallo nas oitavas.

Tostão armando o golaço contra a Inglaterra
Tostão armando o golaço contra a Inglaterra

Por Mauro Beting

A Romênia passou de menor força do "grupo da morte" (o do Brasil) a ter chances de classificação depois de vencer por 2 a 1 a Tchecoslováquia (que para muitos tinha chance real de título...). O rival que a Seleção enfrentaria na terceira rodada vinha animado e com possibilidades contra um Brasil sem Gérson (poupado por precaução) e o lesionado Rivellino.

No treino de terça-feira, o auxiliar Carlos Alberto Parreira estava chutando bolas em Leão quando errou o alvo e atingiu o rosto da torcedora brasileira Gilda Mogando. Ela desmaiou e foi reanimada pelos médicos da Seleção.

Em O GLOBO, Saldanha reclamou da ausência dos "carregadores de piano" Zé Carlos e Dirceu Lopes na Copa. Pela qualidade e entrosamento com Piazza e Tostão, o ex-treinador entende que eles seriam fundamentais para dar um descanso e substituir os ausentes Gérson e Rivellino. Os dois foram jogadores chamados por Saldanha em fevereiro e cortados por Zagallo da lista final, na semana de embarque para o México.

No mesmo jornal, Nelson Rodrigues seguia sua cruzada contra os "entendidos": "eles são a maior prova de nosso subdesenvolvimento". O cronista não deixava de ter razão. Ainda se questionava muito a Seleção em muitos veículos de imprensa. Mas os elogios aos ingleses eram justos de todo o mundo. O próprio treinador campeão mundial em 1966 Alf Ramsey dizia que a sua equipe em 1970 era melhor que aquela que havia vencido a Copa anterior. Mas que perdera o clássico por 1 a 0 para "os grandes jogadores brasileiros como Pelé, Gérson, Rivellino e Jairzinho".

Nelson não dava bola aos ingleses. E ainda tirava de quem a merecia. A respeito da histórica defesa de Banks na cabeçada não menos histórica de Pelé: "a bola só não entrou por um cínico e deslavado milagre. O goleiro só a defendeu no susto".

Minimizou não para tirar mérito de Banks, embora não concedesse o crédito devido. Mas para dar mais loas ao Rei. E espetar os críticos do futebol brasileiro, que desde o fiasco da Seleção na Copa de 1966 eram muito ácidos.

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