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A "LAMBRETA PROIBIDA" DE NEYMAR

Craque brasileiro tenta drible ousado, é advertido pelo árbitro e acaba tomando um amarelo por reclamação. A polêmica foi criada e logo arrumaram um jeito de dizer: 'Estão matando o futebol'. Mas não é bem assim...

 - Aurelien Meunier - PSG (PSG via Getty Images)
- Aurelien Meunier - PSG (PSG via Getty Images)

Por Bruno Formiga

O PSG venceu mais um jogo fácil no Campeonato Francês. Goleou o Montpellier por 5x0 e segue na liderança (uma grande novidade!) isolada da competição sem ser ameaçado por aboslutamente ninguém. Mas o resultado é um detalhe. O protagonista da partida, mais uma vez, foi Neymar. Só que dessa vez acompanhado do árbitro.

Com o duelo já resolvido, Jérôme Brisard resolveu advertir Neymar após uma tentiva de lambreta em um adversário. O brasileiro vinha tomando pancada o jogo inteiro e resolveu retribuir com um drible mais ousado. O árbitro alertou e, pelas imagens da transmissão, pediu aquele velho "dá uma segurada".

A reação de Neymar foi imediata. E exagerada, o que gerou um cartão amarelo.

Polêmica formada!

Não pode mais driblar, diziam uns. Estão matando o futebol, completavam outros.

Kimpembe chegou a dizer na zona mista que o cartão foi por causa do drible.

"É incompreensível! O árbitro disse que o Neymar tirou sarro do adversário e por isso levou cartão", falou.

Mas as imagens não sustentam a tese.

O cartão foi por reclamação. E, pasmem, bem aplicado.

Sim. Neymar mereceu o cartão pela forma como reagiu. Ponto. Está na regra.

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O problema foi a forma como se chegou até essa reação. Aí sim o erro do árbitro, que deveria ter se precavido antes e administrado o jogo com advertências em quem estava batendo, não em quem estava apanhando.

Várias vezes Jérôme Brisard foi omisso ao ver Neymar levar faltas e chegadas mais fortes. E a premissa de preservar o talento e o bom jogo também é algo que passa pela arbitragem - que, sim, também tem o dever de controlar provocações e outros excessos.

A lembreta não foi proibida e nem o drible foi censurado. O que houve foi uma incompetência em gerir um momento tenso e uma péssima escolha de por onde tentar controlar a partida.

O alvo não deveria ser o Neymar.

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