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A maior noite do Fenômeno na Champions

A história de Ronaldo e a Champions League nos passa a sensação de ser incompleta, mas o Fenômeno nos brindou com uma atuação na competição para nunca mais esquecermos

O dia em que o Old Trafford aplaudiu Ronaldo
O dia em que o Old Trafford aplaudiu Ronaldo

Incompleta. Essa a a sensação que tenho ao pensar na relação de um dos maiores jogadores que o futebol já viu com a maior competição de clubes do mundo: Ronaldo Fenômeno e a Champions League. Ronaldo se aposentou sem levantar a Orelhuda. As circustâncias levaram a isso. Talvez os Deuses do Futebol quiseram assim. Mas Ronaldo nos brindou com uma atuação antológica, que nos permite ligar os dois de forma automática e prazeroza. O dia em que Old Trafford parou para aplaudir o Fenômeno.

O Esporte Interativo vai te dar a chance de ver esse jogo, na íntegra, nesta quarta-feira, a partir de 16h dentro da nossa faixa da Champions League Retrô. A transmissão de Manchester United 4 x 3 Real Madrid, jogo válido pelas quartas-de-final da Champions League da temporada 2002-03 será na TNT e no Facebook do Esporte Interativo, com narração de Jorge Iggor e comentários do Mauro Beting.

É curioso como o destino não permitiu que a Champions League visso o auge de Ronaldo Fenômeno. Nas duas temporadas na Holanda, o PSV disputou apenas a (então) Copa da Uefa. Nas duas temporadas de Melhor do Mundo, de 1996 a 1998, quando espantou a todos com arrancadas fenomenais, gols antológicos e atuações fora-de-série, nem o Barcelona, nem a Inter de Milão jogaram a Champions League. Ronaldo deu uma pista do que poderia fazer na Champions, sendo campeão e protagonistas de dois títulos europeus, os dois que ele e seus clubes jogaram: a Recopa Europeia de 97 e a Copa da Uefa de 1998. Nos dois, o Fenômeno jogou demais e fez gol na decisão.

Aí vieram as lesões. As duas, somadas, fizeram com que Ronaldo ficasse de 1998 a 2002 sem entrar em campo pela Champions League. Só após ser coroado na Copa do Mundo de 2002 e se mudar para o Real Madrid, que Ronaldo voltou a ouvir o hino da Champions em campo. E teve sua maior chance de vencê-la. Com essa atuação épica em Old Trafford. No jogo de ida, o Real Madrid venceu o Manchester United por 3 a 1, mas para o jogo de volta, não teria o atacante Raúl, machucado. Ronaldo não deixou a falta dele ser sentida...

O jogo começa com Casillas fazendo uma defesaça num chute forte, sem ângulo, de Van Nistelrooy. O matador de um lado não conseguiu marcar, o do outro foi implacável. Ronaldo começou seu show se deslocando do meio para a direita e concluindo de forma perfeita, no canto baixo de Barthez, a ótima assistência de Guti. O United foi para cima de forma avassladora, empatou com Nistelrooy 30 minutos depois e exigiu mais duas grandes defesas de Casillas no primeiro tempo.

Para não correr risco, o Fenômeno resolveu o jogo no início do segundo tempo. Seus deslocamentos foram um tormento Ferdinand e Silvestre, a dupla de zaga do United. E seus dois gols mataram a eliminatórias. Aos 6 minutos, só empurrou para a rede após uma ótima metida de bola de Zidane para Roberto Carlos dar a assistência entrando pela esquerda da área. O United empatou na saída de bola num gol contra de Helguera e teve a chance de virar logo na sequência, numa defesaça de Casillas num chute de Giggs da entrada da área e outra em chute de Verón de primeira. Aí Ronaldo fez sua mágica de novo.

Após receber de Guti pouco à frente do grande círculo, pelo centro, Ronaldo conduziu buscando a esquerda, diante de um Wes Brown tremendo de medo do que o brasileiro iria fazer. Aí deu o espaço que o Fenômeno precisava para trazer para dentro, ajeitar e bater forte de longe, a cinco passos da meia-lua. A bola foi na altura certa para encobrir o (sempre) adiantado Barthez, completando o terceiro gol na noite, dentro do Teatro dos Sonhos.

Um golaço. Uma atuação épica, que foi reconhecida pelos torcedores do United, aplaundindo respeitosamente o Fenômeno, quando ele foi substituído por Solari. O United ainda virou o jogo após a entrada de David Beckham (que à época vivia vários conflitos com o técnico Alex Ferguson e começou no banco), Casillas ainda fez várias grandes defesas, mas aquela noite era de Ronaldo. A maior noite do Fenômeno na Champions.

Na fase seguinte, na semifinal contra a Juve, o Real venceu por 2 a 1 em casa. No jogo de volta, com Ronaldo abrindo o placar. No jogo de volta, em Turim, Ronaldo tinha dores na panturrilha e começou no banco. A Juve abriu 3 a 0 e Ronaldo entrou e melhorou o time. Sofreu um pênalti aos 22 do segundo tempo e pediu para bater. O técnico Vicente Del Bosque não deixou, mandando Figo fazer a cobrança. O português bateu e Buffon defendeu. Ali esfriou a possível reação do Real. Zidane ainda diminuiu aos 44 do segundo tempo, mas não houve tempo para o gol salvador. Assim, foi embora a maior chance de o Fenômeno ganhar uma Champions League.

É um daqueles casos em que é azar da Champions...

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