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Barcelona 2 x 0 Manchester United: a primeira orelhuda de Guardiola e companhia ilimitada

O mehor time que que eu vi na vida começava a ser tudo isso na decisão da Champions de 2009 que a gente vai rever nesta terça, 16h, na TNT, Facebook do Esporte Interativo e no EIPLUS

Messi sobe e faz 2 a 0 em 2009
Messi sobe e faz 2 a 0 em 2009

Por Mauro Beting

Vou rever nesta terça as emoções de uma grande decisão em Roma.

Por isso, hoje, vou escrever como ontem, há 11 anos, como escrevia no blog que eu tinha em outro portal de notícias.

Com a emoção da hora de uma decisão eterna.

Por tópicos. Por partes. Como brilhantemente fez a parte dele o Barcelona contra o então campeão europeu. Um ótimo Manchester United. Mas não melhor que o melhor Barça da história catalã;

* Não foi o jogo lindo que poderia ser. Não foi o United que costuma jogar e não deixar jogar. Foi, sim, um Barça taticamente dinâmico, tecnicamente preciso, fisicamente notável, brilhantemente campeão.

* Messi x Ronaldo? O português finalizou, correu, lutou, enervou-se, quis jogo, poderia ter sido expulso. Mas a bola quis Messi. Fez de cabeça (?!) o gol da vitória com direito a olé aos 38min. O melhor de 2009 da Fifa tem mais que um favorito.

* Oficialmente, “Man of the Match” foi Xavi. Autor do passe do gol do título, de Messi. Mas poderia ser o argentino. Poderia ser Iniesta. Poderia ser Puyol. Poderia ser Piqué. Poderia ser Eto’o. Poderia ser qualquer um do time de estrelas que atuaram como uma constelação cintilante.

* Até 8 minutos, só jogou o United. Cristiano, só ele finalizou 3 vezes. Com Van der Sar na meta; O’Shea, Ferdinand, Vidic e Evra formando o mais sólido sistema defensivo; Park, Carrick. Anderson e Rooney na linha de quatro, e mais Cristiano e Giggs à frente, era o único time que jogava.

* Aos 9, porém, Iniesta partiu por dentro e descobriu Eto’o aberto como se fosse ponta-direita (?), às costas de Evra. Ele cortou Vidic e deu de bico de chuteira. Um golaço. 1 x 0 Barça.

* Pronto. Mudou tudo. Na saída de bola, Vidic foi recuar para Van der Sar e jogou para escanteio. Anderson, que começara o jogo dando rolinho no rival, furou bisonhamente na intermediária… Entrou em parafuso o United. Um time mais experiente e entrosado e menos desfalcado que o Barça não poderia sentir tanto.

* O Barça recuou o time. À frente, manteve a linha de três inusitada com Eto’o, Messi e Henry. Busquets na cabeça da área, e Xavi e Iniesta pelos lados. mais marcaram que jogaram; Puyol (substituto do suspenso Daniel Alves), Yaya Touré, Piqué e Sylvinho se viraram muito bem para uma zaga com duas improvisações e zero de entrosamento.

* No contragolpe, Messi quase ampliou, aos 19, em bomba de longe. E melhores lances não tivemos no primeiro tempo até certo ponto decepcionante. Sobretudo para o lado inglês. Pareceu um time juvenil depois do golaço de Eto’o.

* O United murchou depois do belo gol. Não marcou à frente, não organizou, não jogou. Mesmo com o Barça entregando a bola e o campo ao time inglês.

* No fim do primeiro tempo, Henry foi para a ponta direita, Eto’o para a esquerda. Rooney foi - corretamente - adiantado para jogar com Cristiano; Park e Giggs abriram tanto que mais pareceu um 4-2-4 em campo. Mas pouco parecido com aquele time organizado do Manchester.

* No intervalo, eu voltaria com Berbatov à frente, com Rooney mais atrás, de novo na linha de quatro, no lugar de Park. Ou até de Giggs (não teria começado o jogo com o Mr. Manchester).

* No Barça, até por falta de melhores opções, manteria o time. Só o colocaria marcando um pouco mais à frente. E com Messi livre para zanzar pelo ataque.

* Ferguson apostou em Tévez, um que sabe jogar e botar fogo pelas ventas e na bola. Não deixa de ser ótima alteração, alternativa própria para clube com tamanho crédito no banco. Saiu Anderson. O meio ficou com Rooney, Carrick, Giggs e Park; Cristiano e Tevez à frente.

* Espetacular lance de Henry pela esquerda, uma comida histórica em Ferdinand, mas uma saída ótima de Van der Sar impediu o gol magnífico. No plavar virtual, virada do Barça: 3 x 2 em chances, aos 3min. O segundo tempo prometia o que não fora entregue no primeiro.

* Messi chegou tarde em grande ataque catalão. Teria sido agarrado na área, aos 4min?

* Xavi mandou falta no poste esquerdo inglês, aos 7. Em lindo lance de Iniesta, que foi derrubado por Tevez. Só dava Barça. Parecia o time obrigado a marcar, não o contrário. Fosse apostar então, colocaria nove das minhas 10 fichas no clube espanhol. O jogo parecia ganho.

* 20min, enfim, Berbatov por Park. Demorou demais sir Ferguson. United de vez no 4-1-4-1: Carrick à frente da zaga, Rooney, Tevez, Giggs e Ronaldo no meio, mais à frente; Berbatov no comando da turma. Era o melhor jeito de reuni-los?

* 24min49s - Messi, de centroavante (!?), de cabeça!!!!! Sozinho, no segundo pau, às costas de Ferdinand, jogou longe do imóvel Van der Sar, depois de belíssimo passe de Xavi, desde a direita. Belo gol. 2 x 0 Barça. Acabou.

* 26min - Saiu Henry, entrou Keita para fechar o meio blaugrana, deixando Eto’o e Messi no ataque. No lance seguinte, Ronaldo só não descontou porque Valdés fez bela defesa, fechando o ângulo de Cristiano. Em chances, 5 x 3 Barça.

* Cristiano está perdendo a cabeça. Aos 28, um amarelo cairia bem ao português que luta, mas não joga. Seu marcador, Puyol, na cobrança de falta, quase faz de cabeça. Que partida do capitão Carles.

* Sai Giggs, entra Scholes, aos 30. Para o United, só se entrassem Sheringham e Solskjaer, como há dez anos, no Camp Nou, contra o Bayern de Munique.

* Ou se alguém fizer o que fez Iniesta, no jogo de Stamford Bridge, no último - único - chute do Barcelona.

* Scholes acerta Busquets e erra a bola e recebe o amarelo que acabou de tomar Ronaldo. Só um milagre salva um irreconhecível United contra um taticamente mutável e notável Barça - a grande e felicíssima surpresa da noite romana.

* Puyol quase ampliou na sétima chance catalã, aos 39. Daniel Alves não fez a menor falta. Puyol não foi apenas o torcedor blaugrana de costume; foi um jogador que ele não costuma ser. Parou Rooney, Giggs, Ronaldo, quem foi jogar por ali. Um time que perdeu a primeira em 25 jogos da Liga. Nem George Best parecia capaz de vencer o catalão.

* Aos 46, desta vez Iniesta não fez o gol do título. Ele foi substituído para a ovação mais que merecida a quem corre e marca como um jogador qualquer, e que joga e arma como um jogador raro. Como o colega Xavi.

* Para variar, Ronaldo foi o mais vaiado, no momento de receber a medalha. É dos maiores do planeta, sim. Mas é o menos querido.

* Para variar, os italianos sabem fazer uma festa belíssima e elegante. O palco era maravilhoso como foi a festa catalã.

* Guardiola. Como ele mesmo diz, ele não é tão bom quanto dizem. Mas dava para ser melhor? É o sexto treinador campeão da Liga que já havia sido campeão como atleta.

* Preparem-se Grêmio ou Cruzeiro ou São Paulo ou Palmeiras. Tentem repetir o que Adriano Gabiru fez em 2006. “Mais que um clube” será mais que um grande adversário em Dubai, no fim do ano.

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