Por Mauro Beting
Mauro Beting
4 h ·
Eu o ouvi antes de o ver. Na Rádio Bandeirantes. E o ouvia imitando o inimitável Cláudio Zaidan. E outras impagáveis na Rádio Clone. Quando fui pra lá ele já não estava. Acabamos amigos. Colegas de Fox Sports. Programas, jogos e os melhores momentos da Bundesliga. Onde às vezes até falávamos das partidas. Mais comentávamos outras coisas da vida que nos uniu mais do que como colegas.
Até porque o pai dele eu também ouvia antes de o ver num almoço inesquecível. Pela simpatia e carinho foi uma delícia o conhecer. Cadu tinha berço. E também voz e talento como o pai que antes de ser médico foi dublador. Bem jovem. Ainda adolescente. Fazendo a voz de um garoto.
Jonny Quest.
O pai do Cadu era a versão brasileira do menino que era personagem-título do meu desenho mais amado.
Jonny Quest.
Cadu era o filho do Jonny Quest.
Para mim bastaria para ser o máximo. E ele é um pouco mais do que isso.
Jornalista, repórter, narrador e apresentador capaz de imitar o Leandro Quesada como se fosse ele mesmo. Como se incorporasse o personagem. Como se o dublasse. Como o seu pai dava voz ao meu herói desde criança.
A gente aprende que a vida não é um desenho animado. Mas Cadu é desses caras que faz a vida ser mais animada.
Eu só queria mesmo era quem alguém pudesse imitar o Cadu para que ele continuasse com a gente.
Força e luz à família.
Ao meu amigo Jonny Quest, você é um herói
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- Cadu Cortez