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Champions com cara de Copa do Mundo, é a mais aberta em muito tempo

As modificações necessárias por causa da pandemia de Coronavírus transformaram a Champions League em uma competição imprevisível e verdadeiramente acessível a clubes que normalmente não podem sonhar muito com o maior torneio de clubes do mundo

Lisboa vai receber os maiores clubes e craques do mundo para decidir a Champions
Lisboa vai receber os maiores clubes e craques do mundo para decidir a Champions

Por Vitor Sérgio Rodrigues

AUefa oficializou nesta quarta-feira, em sua sede em Nyon, na Suíça, que a reta final da temporada 2019-20 da Champions League será totalmente diferente do que já foi visto no torneio. As oito equipes que ficarem vivas estarão em Lisboa a partir de 12 de agosto, onde jogarão quartas-de-final, semifinal e a grande final, em partidas únicas, em até 11 dias. O ritmo decisivo do maior torneio de clubes do planeta lembra muito o que estamos acostumados, de quatro em quatro anos, na Copa do Mundo.

Essa foi a solução encontrada pela Uefa para ter o desfecho do seu maior produto em meia à pandemia de Coronavírus, que paralisou o futebol por cerca de 90 dias na Europa. Ao levar para uma única cidade, a Uefa limita os riscos de contágio da doença, diminuindo as viagens, utilizando um país dos menos afetados no continente e que tem um controle de fronteiras menos complicado. Além disso, a Uefa atendeu a um pedido dos dirigentes dos principais clubes para terminar a Champions o mais brevemente possível (a final, que seria em 29 de agosto com jogos de ida-de-volta, passou para 23 de agosto) para não atrapalhar o reinício da temporada que vem, previsto para a segunda semana de outubro nas principais ligas.

Toda esse cenário diferente faz com que tenhamos uma reta final de Champions League mais aberta e imprevisível desde a temporada 2003-2004, quando a Uefa decidiu terminar com a segunda fase de grupos e iniciar o mata-mata logo nas oitavas-de-final. Quem estiver vivo entre os oito das quartas-de-final terá efetiva possibilidade de ser campeão. Ainda faltam definir quatro times: Barcelona ou Napoli, Manchester City ou Real Madrid, Juventus ou Lyon e Bayern ou Chelsea, que ainda disputarão o jogo de volta das oitavas-de-final (a Uefa ainda vai determinar se essas partidas serão nos estádios previstos ou também serão realizadas em Portugal).

É nítido que decidir um duelo em jogo único, em vez de duas partidas, aproxima os times. Bem como a disputa ser em um campo neutro, ainda mais sem torcida (como deve acontecer). Outro fator é que os times chegarão a Lisboa em estágios diferentes de preparação. O PSG e o Lyon (caso se classifique) praticamente não terão jogado desde o início da pandemia, já que o Campeonato Francês foi encerrado antecipadamente. Times espanhóis e alemães voltaram a jogar em maio e junho, mas no meio de agosto já estarão parados há cerca de 20 dias, com o fim de seus torneios. Times ingleses e italianos chegarão em um ritmo maior de competição, já que seus torneios irão acabar no início de agosto.

Os quatro times que já estão classificados para as quartas-de-final buscam seu primeiro título: Atalanta, Atletico de Madrid, PSG e RB Leipzig. Têm uma Champions bem diferente para buscar o feito. O Barcelona se complicou no jogo da volta em três das últimas quarto edições. Agora, passando pelo Napoli nas oitavas, teria a chance de resolver em um jogo só. O City foi eliminado no gol fora de casa nas últimas três Champions. Se passar pelo Real Madrid nas oitavas, não terá esse “inconveniente”. São muitas variáveis novas para um torneio cuja a atmosfera praticamente não muda de um ano para o outro.

As modificações necessárias por causa da pandemia de Coronavírus transformaram a Champions League em uma competição imprevisível e verdadeiramente acessível a clubes que normalmente não podem sonhar muito com o maior torneio de clubes do mundo. Quem estiver voando exatamente nos 11 dias em que o planeta bola estará olhando para Lisboa vai levantar a Orelhuda neste ano.

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