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Corinthians, Figueirense...qual é o próximo?

Enquanto Justiça, Clubes e jogadores não fizerem nada concreto, a violência dos “torcedores” seguirá pra protestar contra a explicação mais pobre pra definir uma derrota: falta de vontade

Cássio foi intimidado pelos torcedores do Corinthians no Aeroporto depois da derrota pro Fluminense fora de casa
Cássio foi intimidado pelos torcedores do Corinthians no Aeroporto depois da derrota pro Fluminense fora de casa - Reprodução TV Gazeta

Por Taynah Espinoza

Intimidação e ameaças aos jogadores do Corinthians ontem no Aeroporto. Invasão e violência no Figueirense menos de dez dias atrás. Que mundo do futebol é esse onde “torcedores” se sentem com esse direito e jogadores, se reclamam, só querem “lacrar”? Em que momento o futebol virou guerra e deixou de ser esporte? Quando as autoridades pretendem, de fato, tomar uma atitude? E os clubes?

As imagens do desembarque dos jogadores do Corinthians depois da derrota pro Fluminense são lamentáveis. Atletas correndo até o ônibus assustados. Jogadores sendo empurrados, ameaçados e cobrados com dedo na cara. Não interessa se é o Cássio, campeão do Mundo pelo clube, ou se é o Ramiro, que chegou outro dia. Não muda absolutamente nada! Todos trabalham diariamente, todos merecem respeito. E botar o dedo na cara de alguém ameaçando definitivamente não é respeito.

O depoimento da nutricionista do Figueirense na semana passada, depois do clube ser invadido por vândalos, emocionou muita gente. Cíntia Carvalho resumiu tudo que eu penso: “quem trabalha no futebol não é vagabundo, trabalha sábado, domingo, feriado. Trabalha pra conquistar resultados, mas nem sempre conseguimos. Quem trabalha com futebol tem pai, tem mãe, tem filho e trabalha. E merecemos respeito”.

A simplicidade do pensamento do torcedor precisa acabar. Os times não perdem porque simplesmente não querem ganhar, porque falta raça, falta vontade. Pode faltar qualidade tática, técnica, o adversário pode ser melhor, uma falha pode definir o resultado. São inúmeros os fatores que definem um vencedor. E aí não dá pro lado perdedor ser taxado de vagabundo, como muita gente faz.

Em muitos momentos, o dinheiro que gira no mundo do futebol faz o torcedor ficar cego sobre os profissionais envolvidos nele. Mas eles são humanos, eles têm uma história de vida, têm sentimento, têm dúvidas, têm medos, têm problemas. São iguaizinhos a gente. Ganhar muito dinheiro não faz ninguém virar máquina. Valer muito dinheiro não torna ninguém um simples produto.

É necessário atitude pra mudar essa rotina. Da justiça, que precisa punir. Dos clubes, que precisam se posicionar de maneira forte contra os vândalos. E até dos jogadores, que podem fazer mais do que simplesmente cruzar os braços no início das partidas como protesto.

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