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De 'Bad Boy da Capanema' a destaque do futebol nordestino: Vinícius, do Ceará e do Call of Duty, celebra a maturidade

Meia comemorou 29 anos na última quarta-feira em festa surpresa temática preparada pela família e fez balanço dos prós e contras de sua carreira em entrevista exclusiva

Vinicius teve festa de aniversário temática com o jogo Call of Duty
Vinicius teve festa de aniversário temática com o jogo Call of Duty - Reprodução Instagram (Reprodução Instagram)

Por Redação do Esporte Interativo

Se você gosta de falar de futebol, certamente teria muito papo com ele. E se você gosta de vídeo game, aí o papo poderia levar horas. O meia Vinícius Góes, ou Vina, como é chamado pelos companheiros e torcedores dos clubes por onde passa, comemorou 29 anos de idade em isolamento na última quarta-feira, mas ainda assim sua esposa conseguiu criar uma distração para fazer uma surpresa envolvendo um dos passatempos favoritos do jogador do Ceará.

"Nesse momento de quarentena, que não tem muito o que fazer, a gente tenta arrumar algo pra fazer em casa. Grande parte desses momentos eu passo jogando Call of Duty. Jogo com meus irmão e amigos de Curitiba, onde nasci, e isso me aproxima um pouco mais deles. A nega véia aqui em casa fica maluca! Diz que está perdendo para o vídeo game, mas entende esse momento de distração", conta o meia, que até riu revelando certa insatisfação da esposa com o jogo de guerra, mas a festa preparada para ele mostrou que o suposto ciúme do vídeo game não passa de uma brincadeira: "Ela pediu para eu ir ao mercado e quando voltei estava tudo arrumado de Call of Duty, me agradou bastante!"

Não é estranho que CoD seja o jogo favorito de Vinícius e você vai perceber ao longo dessa reportagem. Em Call of Duty Warzone, no modo Battle Royale, o qual Vina gosta de jogar com seus irmãos e amigos, é preciso sobreviver dentro de um cenário de guerra, vencendo todos os adversários e circunstâncias que podem derrubar o seu personagem. Jogo coletivo no qual as escolhas iniciais são definitivas para as consequências que cada um vai encarar. Vina lida com isso no jogo diariamente, mas também teve de lidar com isso na sua carreira. E na vida, não há como voltar atrás.

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SE PUDESSE VOLTAR, VINA DARIA START NA CARREIRA DE OUTRO JEITO

As imagens do aniversário temático surpresa mostram a alegria de uma criança que acabou de ganhar um vídeo game novo. E inegavelmente Vinícius alimenta aquele jovem que todos carregam consigo ao jogar vídeo game nas horas vagas. Mas é apenas isso e fim de papo. De acordo com o próprio jogador, a imaturidade do passado o levou a ter uma carreira com menos realizações do que pretendia.

"Não chega a ser arrependimento, mas entendo que se eu tivesse a cabeça de hoje há 10 anos, poderia ter tido outras realizações na minha vida. Sou grato pelo que Deus me deu, mas tive muitos momentos imaturos. Se eu tivesse a cabeça que tenho hoje e entendendo meu corpo na época, algumas realizações teriam sido diferentes. Mesmo com 29 anos, ainda sonho em jogar fora do país e, como eu disse, se eu tivesse a cabeça que tenho hoje, lá atrás, provavelmente poderia ter esse sonho já realizado", revelou Vinícius.

No modo Battle Royale de Call of Duty Warzone, você escolhe com quem quer jogar, qual melhor caminho para vencer seus adversários e vai enriquecendo ao longo da partida, podendo usar seu dinheiro para comprar o que achar justo para ajudar a vencer seus rivais. Mas é preciso usar o dinheiro com sabedoria, assim como na vida, caso contrário ele será gasto em vão e pode te levar para a derrota. Mais um paralelo que Vina talvez nem perceba, porém já carrega nos ensinamentos da sua trajetória profissional.

"Se você não tiver cabeça quando começar a ganhar dinheiro, você se perde um pouquinho. Eu tive alguns deslizes na carreira. Coisas extra-campo que levam na sua imagem. Hoje já vejo que não me enxergam como um bad boy, como foi quando saiu uma matéria no começo da minha carreira, no Paraná, em que eu estava com companheiros sendo um dos "Bad Boys da Vila Capanema". Isso é ruim. Não é legal ser taxado dessa maneira", explica Vina, que admitiu até ter achado engraçado naquela época, mas percebe como isso foi prejudicial ao longo do tempo: "Hoje vejo a hora certa das coisas. Conforme você vai ganhando maturidade, vai vendo que não quer mais isso pra sua carreira. Mesmo dentro de campo eu me estressava com companheiros, com treinador... É ruim fechar portas".

EXPERIÊNCIA FEZ VINA SE TORNAR PARTE DE UM PELOTÃO CAMPEÃO

Não há um jogo sequer no qual a prática não faça com que você se aperfeiçoe. Seja em Call of Duty, seja no futebol, o tempo que cada um leva depende da dedicação e do aprendizado com as escolhas erradas. No outro modo de Call of Duty Warzone em que Vina se diverte, o Modo Saque, aquele pelotão que conseguir juntar mais rapidamente um milhão de reais é considerado vencedor. Enquanto você coleta esse dinheiro no mapa, não pode ser vítima de um adversário. Se ele te pegar, você perde todo o dinheiro coletado até aquele momento e prejudica seu pelotão, que fica mais distante do valor do título. É preciso aprender a fazer as escolhas certas: habilidades individuais em alta para não cometer erros e trabalho em equipe no limite para alcançar o objetivo da forma mais rápida possível. É assim que um pelotão é campeão e foi assim que o meia Vina viveu a melhor fase de sua carreira.

"Não mudei da água pro vinho, foi um processo e essa mudança da minha vida foi no Bahia. O torcedor me abraça até hoje. A minha mulher é de lá e sempre que estou lá ganho carinho do torcedor. Fico feliz por tudo que pude realizar lá. Na época não queria ter saído, mas foram circunstâncias. Hoje sou amigo do Bellintani (presidente do clube), eu tenho o sonho de voltar para o Bahia, só não sei quando... Mas tenho o desejo de continuar a história que vinha fazendo", revela o meia, que levantou o taça do Campeonato Baiano de 2019, título pelo qual ele carrega com muito carinho pela identificação que criou com o torcedor Tricolor.

SUBINDO DE LEVEL 'SEM TIRAR O PÉ DO CHÃO'

Em Call of Duty, a maturidade traz as vitórias e a escalada de levels (níveis do seu personagem). No futebol, é praticamente o mesmo: as temporadas de Vina foram melhorando desde sua chegada ao Bahia. Foram 87 jogos e 19 gols marcados pelo Tricolor em 2017 e 2018. Na temporada seguinte, jogando pelo Galo, o meia considera ter feito um "bom ano", com sete gols em 41 partidas disputadas. E hoje, no pelotão cearense de 2020, já são três gols e seis assistências em quatorze partidas, números que, para muitos, já confirmam a perspectiva de Vina ser uma contratação de destaque em meio a experientes companheiros cujas chegadas aconteceram também em 2020, como Rafael Sóbis e Fernando Prass.

"A diretoria foi muito bem para formar esse elenco. Fico muito feliz pelo reconhecimento, mas não conseguiria sem nenhum dos meus companheiros. Estamos no caminho certo. Prefiro ter um troféu coletivo que é o título, mais do que um individual. Hoje recebo elogios e não tiro o pé do chão. Voltando os jogos, é certeza que o Ceará vai conquistar títulos nesse ano", confia o camisa 29 do Vozão, que quer deixar sua marca assim como deixou no Bahia: "penso que tenho muito pra dar pro Ceará, quero deixar meu nome aqui. E nome se deixa com título".

SE VERDANSK ESTIVESSE NO NORDESTE DO BRASIL, SABERIA QUEM É VINÍCIUS

O mapa online de Call of Duty Warzone tem o título de Verdansk, cidade do norte do ficcional país de Kastovia. É ali que os jogadores mostram suas capacidades individuais e coletivas diariamente, sobem de level e conquistam vitórias. Em Verdansk, Vina aprendeu a jogar, fazer escolhas certas e dominou o mapa ao longo do tempo. No Nordeste, além do carinho das torcidas de Bahia e Ceará, deixou saudades no Timbu depois de duas passagens em 2014 e 2016. Também ao longo do tempo, o level alto de Vinícius foi construído na região e já mostra que o Bad Boy da Vila Capanema ficou para trás, podendo ter se tornado um líder de pelotão do futebol nordestino.

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