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Dois anos depois, o que mudou na Seleção após a eliminação da Copa do Mundo

Tite mudou praticamente 50% do grupo e convocou 27 estreantes

Há dois anos, Renato Augusto se lamentava pela bola que não entrou e poderia garantir o empate contra a Bélgica na Copa
Há dois anos, Renato Augusto se lamentava pela bola que não entrou e poderia garantir o empate contra a Bélgica na Copa - Getty Images (2018 Getty Images)

Por Taynah Espinoza

Em 2014, Pinilla quase eliminou a Seleção Brasileira da Copa do Mundo nas oitavas de final com o Chile. O chute, que pegou no travessão, permitiu ao Brasil ir para os pênaltis e seguir vivo na competição. Mas aquela finalização jamais foi esquecida por Pinilla, que resolveu tatuar o lance nas costas. Eu acho tudo isso muito louco. Tatuar um lance que não teve final feliz? Mas também, por que não?! Afinal, um chute desses não sai da memória mesmo. Que o diga Tite!

O treinador do Brasil na Copa de 2018 também não esquece um chute específico que não entrou e poderia ter mudado a história daquele Mundial. Exatamente dois anos atrás, a Seleção era eliminada pela Bélgica nas quartas de final da Copa. Naquele 6 de julho, Renato Augusto começou no banco de reservas, mas entrou no 2º tempo quando a incrível geração belga (que naquele jogo mostrou que é uma incrível geração mesmo!) já vencia por 2x0. Ele diminuiu o placar de cabeça e pouco tempo depois teve a chance, de frente pro goleiro na entrada da grande área, de empatar. A bola passou raspando a trave de Courtois. “Aaah se aquele chute tivesse entrado”, é o que pensam Tite, Renato Augusto e muitos brasileiros até hoje.

Daquele dia pra cá, muita coisa mudou na Seleção. Tite, de amado e colocado em memes como Presidente do Brasil, passou a ser muito questionado. E, de fato, o aproveitamento diminuiu. Até aquele jogo, Tite tinha 82% de aproveitamento. Bem diferente dos 62% que teve em 2019, por exemplo. Mas é preciso ter calma com os números do treinador. Tite falou e a CBF entendeu que um período deste novo ciclo seria utilizado pra testes de novos nomes. Foram 27 jogadores estreantes na Seleção, um número alto.

Da convocação da Copa do Mundo pra última convocação do ano passado, para amistosos contra Argentina e Coreia do Sul, apenas 9 jogadores se repetiram. Mas, pra ser justo, teria que colocar Ederson e Neymar nessa lista também, que ficaram fora por lesões, o que faria o número subir pra 11. Num período de dois anos, uma renovação de mais de 50% é bastante considerável.

Me parece ainda que precisa entrar na conta da CBF um problema que Tite não vai resolver sozinho: a questão de não convocar muitos jogadores de clubes brasileiros que estão em momentos decisivos da temporada. Tite está de olho em Everton Ribeiro antes mesmo desse crescimento todo dele com Jorge Jesus. Contar com o meia do Flamengo certamente vai oferecer ao treinador ainda mais opções pra mudar um jogo. Gerson é outro que logo deve aparecer nas listas do técnico pelo futebol que tem apresentado e pela queda de rendimento de Arthur, que está trocando o Barcelona pela Juventus.

Tite é insistente com alguns jogadores, como é o caso de Philippe Coutinho, que na minha opinião não tem dado motivos pra ser convocado ultimamente. Mas entre ser insistente e ser teimoso tem uma distância e o treinador sabe bem diferenciar as coisas.

Se aquela bola de Renato Augusto tivesse entrado, não sei nem se Tite teria continuado na Seleção Brasileira. O que eu sei é que, entre os técnicos brasileiros, mesmo depois de dois anos daquela eliminação, Tite ainda é o melhor treinador.

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