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Dois vencedores - PSG 2 x 1 Atalanta

 

 

A Atalanta mostra para a Europa e ao mundo que dá para fazer futebol sem muita bolada, balada e badalação. A Dea mostra como dá para jogar como se anda e como se pensa – pra frente. Mas quem está na final é quem tem craque para desequilibrar. Quem teve Neymar e Mbappé - apesar do Tuchel.

 

Por Mauro Beting

Até os 44 do segundo tempo da nossa transmissão no Esporte Interativo pela TNT, Facebook e EIPLUS, estava peparado para falar o que vou escrever abaixo:

"O PSG um dia vai ganhar a Champions. Mas, depois das últimas temporadas, só não sei se eu estarei por aqui.

Neymar jogou como Neymar, mas perdeu gols como se fosse Alê Oliveira.

Di maria (suspenso) fez falta, Verrati (lesão na panturrilha) fez falta, Mbappé fez falta por 58 minutos (até entrar). Mas muito mais coisa faz falta ao PSG em Champions.

Foram os últimos minutos de Thiago Silva e Tuchel no Paris..."

Era tudo isso até o volante-zagueiro Marquinhos ser o centroavante que Icardi não foi em nenhum momento e empatar o jogaço depois do passe de Neymar, na bela e inusitada jogada de Choupo-Moting pela direeita, aos 44.

Era quase tudo isso até os 47, quando Neymar (cada vez mais jogando com o time e para o time) achou Mbappé mais uma vez voando pela esquerda para fazer um replay ao vivo do gol de empate, desta vez com Choupo-Moting.

A Atalanta, por tudo que tem feito, planejado desde 2010, construído na base, e treinado e jogado com Gasperini, não merecia perder assim o inédito lugar na semifinal.

Mas o PSG, com 13 chances criadas em 90 minutos (9 delas diretamente com Neymar), também não merecia perder mais uma vaga improvável. Mesmo com Neymar perdendo dois gols improváveis cara a cara com o ótimo goleiro reserva Sportiello, no começo e no fim do primeiro tempo. Mesmo com Icardi perdido em campo. Mesmo com Tuchel demorando a qualificar o meio-campo com Paredes.

Mesmo com os desfalques tão sensíveis como Ilicic (responsável por 37% dos gols da Atalanta na UCL). Mesmo com o Paris só criando a primeira chance na segunda etapa apenas aos 28 minutos.

Contra uma bravíssima equipe que então recuou um pouco como não costuma fazer. Também pela pressão do PSG. Também pela saída por lesão do excelente Papu Gómez. Também porque nos minutos finais um dos volantes - Freuler - fez número na frente, como centroavante, com a coxa esquerda baleada, no repaginado 5-4-1 possível para a Atalanta que beirou o improvável.

Mas que não seria zebra pela qualidade de seu time. Melhor armado em muitos momentos que o de Tuchel, que teve mais gente desequilibrante para se classificar.

Paris que vai precisar de mais futebol para enfim realizar o sonho possível. Até pelo jogo único que pode ter prorrogação e pênalti contra o Atlético de Madrid - muito provável vencedor no confronto contra o RB Leipzig.

Desafio ainda maior. E totalmente diferente dessa Atalanta que jogou pela Bergamo mais atingida pelo Covid-19 na Itália. Exemplo de superação e de futebol.

Um time que não merecia perder tão doloridamente.

Contra um PSG que saiu ainda maior da grande partida na Luz.

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