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E se fosse ao contrário??

 Lances " contra " o Flamengo geram polêmica.

Rafinha se chocando com o adversário.
Rafinha se chocando com o adversário. (Conmebol)

Por Péricles Bassols

Vi nesta quarta-feira uma comoção desproporcional nas redes sociais depois dos dois lances "contra" o Flamengo, pela final da Recopa Sulamericana.

1- O impedimento de Bruno Henrique, por estar com o tronco à frente da linha de meio campo no momento do passe, foi certificado pela tecnologia, apesar da demora e confusão na cabine.
2- O pênalti - na minha opinião, claro - de Rafinha no atacante do adversário.

Veja no link abaixo:

http://www.conmebol.com/es/situaciones-de-analisis-var-conmebol-recopa-final-ida

E se fosse ao contrário? Será que apareceria alguém para dizer que foi uma decisão "caseira"; ou que a marcação foi um absurdo? Duvido muito!

No meu entender e conceitualmente, futebol é um esporte no qual um time tenta ganhar território sobre o outro para chegar ao gol, objetivo máximo desta prática.

Quando eu me coloco a frente de um adversário, depois de, coletivamente, triangular a bola entre as linhas adversárias, eu conquistei vantagem sobre ele. A partir deste momento, quem corre por trás ou chega atrasado que se cuide para não me derrubar, ainda que por acidente.
Isso não impede o defensor de correr atrás de mim e, de forma legal, recuperar a bola. O que não foi feito no caso em questão.

Quem chegou primeiro na bola? Rafinha ou o atacante do Del Vale?

Rafinha chegou atrasado, tentou frear , levantou os braços e recolheu ao máximo que pode o corpo para evitar o choque.
Mas ele conseguiu? Não! Isso o isenta de praticar uma infração de falta? Não!
Seu joelho toca a perna do atacante enquanto este passava em velocidade. O toque sacode a perna do atacante de tal maneira que seu equilíbrio e centro de gravidade, certamente, ficam alterados.

Faça um teste você, em casa.

Vá a um campo de futebol, imprima sua máxima velocidade e peça a alguém para cruzar sua passada por trás, causando contato, e depois me diga se conseguiu ficar de pé ou se ao menos sua ação não foi prejudicada.

As duas decisões foram mantidas pelo árbitro de vídeo de maneira correta, pois para modificar uma decisão de campo, precisamos, na cabine de VAR , ter certeza absoluta de que os lances foram equivocados, com provas visuais concretas do erro. Não se pode trocar uma interpretação por outra.
A interpretação do árbitro no campo foi legítima, de acordo com o que ele viu e jamais seria um lance para intervenção do VAR, apesar de eu entender e respeitar todos que acham que não foi ou que teria sido melhor não marcar este pênalti.

Mas, me permitam dizer que, se fosse ao contrário, nao faríamos tanto alarde.

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