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Federação Gaúcha: “Não é simplesmente acabou e o Caxias é campeão"

Luciano Hocsman ainda acredita no término do Estadual no campo

Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, falou hoje na possibilidade de encerrar o Gauchão e declarar o Caxias campeão do estadual
Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, falou hoje na possibilidade de encerrar o Gauchão e declarar o Caxias campeão do estadual - Divulgação Grêmio

Por Taynah Espinoza

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., cogitou hoje a possibilidade de encerrar o Gauchão e decretar um campeão sem finalizar a competição no campo. Segundo ele, como as datas do estadual e do início do Brasileirão podem coincidir, esta seria uma saída dada a demora do Governo do Rio Grande do Sul em estabelecer um retorno pro início dos treinamentos coletivos e principalmente pro reinício do campeonato. “Se por acaso não tivermos condições sanitárias no Rio Grande do Sul de avançarmos no sentido dos treinos e também no sentido dos jogos, creio que talvez seja melhor nós declararmos o Caxias campeão”, afirmou Romildo, se referindo ao Caxias porque o clube da Serra foi o campeão do 1º turno do estadual.

A questão é que essa solução não é tão fácil assim de ser tomada. E declarar o Campeão não seria a única necessidade pra finalizar a competição. Conversei hoje com o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, pra entender melhor essa possibilidade. Além de precisar da concordância de todos os clubes, outro problema é que a classificação do Campeonato Gaúcho define também quem vai participar de competições nacionais como a Copa do Brasil e a Série D. E tem ainda o Campeão do Interior, que recebe uma bonificação por esta conquista. “Não é simplesmente acabou e o Caxias é campeão porque ganhou o primeiro turno”, disse o presidente da FGF.

Luciano Hocsman espera que o Governo do Estado dê uma resposta sobre o protocolo apresentado pela Federação até, no máximo, sábado. Segundo ele, é necessário projetar a data da retomada do Gauchão pra conseguir liberar o início dos treinamentos coletivos com 15 dias de antecedência. O presidente da Federação acredita ainda que o RS deveria abrir uma exceção aos clubes de futebol. “A gente pode discutir a aplicação das bandeiras (que determinam o que funciona ou não no estado) ao futebol. Futebol não é diferente de nada, mas não tem público, não tem aglomeração, não tem nada. Confio nos fundamentos e conhecimento técnico pra fundamentar excepcionalidade em relação ao futebol. As demais atividades têm a presença do público. Seria como se abrisse um estabelecimento e não tivesse o público presente”, afirma Hocsman.

O Grêmio já definiu viajar pra Santa Catarina pra retomar os treinos coletivos. O Internacional cogita a mesma possibilidade. Mas o Gauchão não deve terminar em outro lugar que não no Rio Grande do Sul. Isso porque é necessário conseguir a liberação de diversas autoridades pra isso. Além desse motivo, o campeonato catarinense também deve recomeçar, o que dificultaria a realização de duas competições no mesmo estado.

A grande urgência, segundo a Federação, é fazer os três jogos da fase classificatória que ainda faltam antes do Brasileirão começar. Depois, o mata-mata poderia acontecer em datas de Copa do Brasil, por exemplo, dependendo de qual clube se classificar. A CBF já liberou que essa data seja usada pela FGF caso o clube classificado não jogue no mesmo dia.

Apesar de toda dificuldade, Luciano Hocsman entende que o Gauchão vai acabar dentro do campo: “Ainda acredito na possibilidade de retorno. Acho que os técnicos do governo têm fundamentos pra entender o formato apresentado e também a questão de que foram minimizados os riscos”.

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