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Federação Gaúcha marca reunião com os clubes nesta quarta-feira

Presidente da FGF vê retomada do futebol brasileiro através dos estaduais

Presidente da FGF muda sentimento e agora acredita que campeonato será finalizado dentro do campo
Presidente da FGF muda sentimento e agora acredita que campeonato será finalizado dentro do campo - Divulgação / FGF

Por Taynah Espinoza

Na próxima quarta-feira, a Federação Gaúcha de Futebol se reunirá com os 12 clubes do Gauchão para discutir medidas práticas sobre o retorno do estadual. Inicialmente marcado para após o dia 30 de abril, quando termina o decreto de medidas de restrição no estado, o encontro virtual foi antecipado para o próximo dia 22 por um pedido dos clubes. A ideia é alinhar questões administrativas e regulamentares para dar mais tempo de organização as equipes.

Com reuniões virtuais, FGF e clubes devem definir questões burocráticas como a inscrição de atletas na competição - Foto: Divulgação Twitter / @HocsmanLuciano 
Com reuniões virtuais, FGF e clubes devem definir questões burocráticas como a inscrição de atletas na competição - Foto: Divulgação Twitter / @HocsmanLuciano 

“O Campeonato Gaúcho tem limitação de registro de atletas, tem um número limite. Alguns atletas já tiveram contratos encerrados e precisamos entender com os clubes como fazer essa retomada da competição. Imaginando que alguns atletas não estarão inscritos, pode ter clube que não tem número mínimo de atletas, por exemplo”, afirmou o presidente da FGF, Luciano Hocsman.

Marcar esta reunião não significa ter a certeza de que o Gauchão vai ser encerrado dentro de campo. Mas agora, diferente do momento de início da paralisação do futebol no Brasil, a esperança de Hocsman está maior. “A vontade (de encerrar o campeonato no campo) é muito grande. E logo que houve a suspensão, te confesso que eu pensei: ‘acabou, não tem mais volta. Vamos ver como definir se vai declarar temporada nula, inexistente.’ Naquele momento, eu não acreditava. Hoje já tenho esperança bem grande por finalizar”.

A Federação Gaúcha é mais uma que trabalha com a convicção de que os jogos devem retornar com os portões fechados, limitando inclusive o trabalho de profissionais da imprensa, comissão técnica e jogadores. A competição deve ter o seu próprio protocolo de segurança numa espécie de cartilha feita pelo diretor médico da instituição, Dr. Ivan Pacheco, com auxílio de um infectologista. O objetivo é que esse protocolo seja seguido nos jogos. “Não deve ter protocolo de treinamento porque aí é muita ingerência sobre o trabalho dos clubes”, ressaltou o presidente da FGF.

Outro ponto que deve ser abordado na reunião é o retorno do Esportivo, de Bento Gonçalves, aos treinos. No último dia 16, a equipe se valeu do decreto do prefeito da cidade para retomar as atividades. Mesmo assim, a FGF cobrou explicações pelo descumprimento da recomendação da CBF de permanecer sem trabalhos até o dia 30. Hocsman acredita que os outros clubes também questionarão o Esportivo. “Vamos fazer advertência. Não vejo infração disciplinar em termos de TJD. Passamos a orientação, a recomendação. Não é decisão regulamentar. Agora é esperar pra ver o que vai ser dito, qual foi a razão pra eles tomarem essa decisão”.

Por enquanto, não há nenhum movimento dos dirigentes pra que seja acordado um dia pros atletas retornarem aos treinos. O que a Federação pode fazer, para que todos tenham praticamente o mesmo tempo de preparação, é definir uma data a partir da qual as atividades podem iniciar.

Se pensar sobre o retorno de um estadual já é complicado, imagina projetar o retorno de todos os estaduais do Brasil. O ideal é todos voltarem juntos? Voltam só nas regiões onde a pandemia está mais controlada? Os outros são disputados só após o Brasileirão? São muitas as perguntas. “O ideal em termos de temporada sistêmica é que se iniciassem todos ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de acontecer. Brasil é muito grande, cada estado com sua gravidade de pico de contaminação. Algumas federações têm estádio municipal, estadual que já virou hospital de campanha. Acredito numa linha única de se tomar porque penso também no atleta. Imagina: retoma a atividade, treina, cria expectativa, joga estadual 10, 15 dias e depois para tudo de novo”, disse Luciano Hocsman, que já emendou: “mas também tem que pensar em um passo de cada vez. Hoje, a retomada do futebol se torna mais viável através dos estaduais porque é um curto espaço de tempo pra concluir. Não tem aeroporto, não tem mudança de estado, só de município. Isso é facilitador. Acho que o futebol vai voltar pelos estaduais.”

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