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Fez-se a Luz - Bayern de Munique 1 x 0 PSG

O time com melhor desempenho da história da Champions desde 1956 apagou o PSG. Fez-se a Luz e a lógica em Portugal.

Hexacampeão
Hexacampeão

Por Mauro Beting

Deu a lógica. Deu Bayern. Hexacampeão europeu.

Flick mandou a campo a sua formação mais ofensiva: Gnabry e Coman (no lugar do mais tático Perisic) pelas pontas, com Thomas Muller flutuando atrás de Lewandowski (mas desta vez pouco também pela direita). Sem ritmo, Pavard seguiu como opção de banco, com Kimmich corretamente mantido na lateral-direita, e a dupla de volantes Goretzka e Thiago Alcantara (monstruoso mais uma vez) na sustentação.

Tuchel já tinha Verrati mais pronto, depois da lesão na panturrilha. Mas ainda longe do ideal e do ponto de bola. Não era mesmo o caso de mudar o time que foi muito bem contra o RB Leipzig. Icardi tinha que seguir no banco, com Di Maria na frente, e um meio-campo mais forte na contenção com Marquinhos (em grande fase na cabeça da área), e Herrera e Paredes na intermediária para tentar conter o aluvião do 4-2-3-1 alemão.

Sem a bola, o PSG se postava no 4-4-2, com Mbappé fazendo a linha de quatro pela esquerda, e os mais experientes Di Maria e Neymar soltos no ataque. Mas não muito. Tinham que estar espertos na saída de bola rival como estavam os bávaros, que com menos de 5 minutos perderam e pressionaram e recuperaram duas saídas de bola francesas.

O Bayern, como esperado, era o time com a bola nos pés. Mas sem a mesma intensidade e criatividade usuais. Também porque é final. E tem o contragolpe do PSG contra uma linha alta. O cuidado alemão era mais do que necessário. Porque havia o contragolpe às costas dos laterais com Mbappé + Neymar. O combo que criou o primeiro grande lance que só parou nas mãos de Neuer, aos 17.

Ou melhor: nas pernas do melhor intérprete da melhor escola de goleiros do mundo: a que usa todo o corpo no mano a mano, no um x um, no one on one dos camisas um do mundo. Neuer fez a primeira das três defesas sensacionais com a perna. Como todo grande centroavante que usa toda a anatomia para fazer gol, o goleiro tem de saber usar todo o corpo para defender e se defender.

O PSG a partir daí começou a equilibrar na Luz. Teve de fato mais chances de gol na primeira etapa (quatro contra duas alemãs). Mas o Bayern seguiu sendo o mesmo, ainda que perdendo o lesionado Boateng, aos 25, bem substituído por Sule.

Na segunda etapa, o time alemão mostrou o motivo de ser o melhor time da Europa e do mundo em 11 jogos. Aos 13min49s, quando já tinha muito mais coisas do que o PSG, Kimmich (o lateral-direito que joga como se fosse meia e ponta-direita), passou na cabeça de Gnabry (ex-PSG), para honrar a Lei do Ex. E a Lei do Futebol.

O melhor do Bayern se viu a partir daí. E nem precisou jogar tudo que sabe – como acontece em muitas grandes decisões. Fez 1 a 0 e tentou fazer 2 a 0. Três a zero. Manteve-se à frente e com a bola. Ainda que sem a mesma consistência. CRISE! Até Lewandowski não fez gol!

Não precisou. Já que atrás, Neuer fez milagre em finalização do incansável Marquinhos, e faria outro mais importante na frente de Mbappé (em lance já paralisado por impedimento).

O time da Cidade Luz até teve mais chances em 90 minutos que o Bayern no estádio da Luz.

Mas faltou ligar Neymar. Mbappé também esteve apagado.

E o Bayern esteve como time alemão da anedota: futebol são duas equipes de 11 jogadores que jogam por 90 minutos e quem ganha é o time alemão.

É o Bayern.

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