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Futebol x Pandemia: Finalista da Taça Guanabara, Boavista tem receitas congeladas e terá que reduzir quadro de funcionários

Contratos de parte do elenco e comissão técnica terminaram em março e clube tenta se organizar para retorno do campeonato

Boavista está com atividades interrompidas desde o fim de março
Boavista está com atividades interrompidas desde o fim de março (Foto: Eduardo Peralta)

Por Monique Danello

Seguindo com a nossa série 'Futebol x Pandemia', que apresenta um panorama da situação dos clubes cariocas nesse período de paralisação do futebol, vamos contar hoje como o Boavista tem feito para enfrentar os efeitos da Covid-19. João Paulo Magalhães, gestor do clube, respondeu algumas perguntas da nossa reportagem e explicou quais são os principais desafios e dificuldades nesse momento.

Dos times de menor investimento, o Boavista foi quem fez a melhor campanha até agora no Campeonato Carioca: chegou na final da Taça Guanabara e ocupava a segunda posição do Grupo A na Taça Rio, com chances de classificação para a semifinal do segundo turno. Ainda no fim de março, com a paralisação do estadual, elenco e comissão técnica foram liberados das atividades por tempo indeterminado. Com a extensão do período de quarentena no Rio de Janeiro, a situação agora já é mais delicada.

No dia de 30 de março, vários atletas e membros da comissão técnica da equipe de Saquarema tiveram seus contratos encerrados. Os vínculos estavam programados para terminar junto com o segundo turno do Campeonato Carioca.

"Com o retorno das atividades, iremos retornar o contato com esses atletas para saber se eles ainda têm interesse em terminar a competição pelo Boavista", explicou o gestor do clube.

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Sem bola rolando, a situação financeira do Boavista fica complicada. O clube está com todas as receitas congeladas e tem dificuldade para honrar seus compromissos. O quadro de funcionários, que já chegou a contar com 90 colaboradores, terá que sofrer uma redução de mais de 50%, depois da pandemia.

"Como todos os clubes do Brasil, o Boavista está com dificuldades de manter seus compromissos em dia. Sem jogar é difícil faturar. Precisamos da volta dos jogos para voltarmos a ter receitas. Ficamos sem cotas de TV, receitas com patrocinador, bilheterias, receitas com venda ou empréstimos de atletas. Todas as receitas congelaram. Já tivemos em torno de 90 colaboradores e, após o retorno, teremos que diminuir esse número para 40", afirmou João Paulo Magalhães.

Assim como os outros clubes que disputam o Carioca, o Boavista também é a favor do término da competição dentro de campo, o quanto antes. O clube fará o possível para encerrar o estadual com a base do time finalista da Taça Guanabara.

"Confio que, com as normas de biossegurança estabelecidas no protocolo do 'Jogo Seguro', desenvolvido pela Ferj e médicos dos 16 clubes da primeira divisão do Rio, a pandemia será superada e poderemos voltar a proporcionar o entretenimento do futebol para o nosso país", finalizou o gestor do Boavista.

No domingo (03), a Federação de Futebol do Rio de Janeiro divulgou um comunicado autorizando os clubes a retomarem os treinos em seus centros de treinamento, desde que respeitassem três normas: comprometimento com a saúde e a vida alheia mediante cumprimento de diretrizes de autoridades competentes; obediência às determinações governamentais; e seguimento de procedimentos e protocolos técnicos e científicos recomendados à proteção individual e coletiva. Apesar do comunicado, o retorno aos treinamentos segue vetado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e pela Prefeitura Municipal.

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