Ganhar título inédito, como pode ser a Champions pro PSG, não é novidade pra Neymar
Há quatro anos, jogador batia pênalti decisivo que levou o Brasil a conquistar Medalha de Ouro Olímpica
Por Taynah Espinoza
Nomes importantes do futebol mundial no elenco, expectativa da torcida lá em cima pra uma conquista inédita e eliminação. O roteiro do PSG nas últimas temporadas de Liga dos Campeões também já foi o roteiro da Seleção Brasileira nas Olimpíadas. Com Neymar e Marquinhos no time, o Brasil conseguiu superar o trauma de nunca ter conquistado a Medalha de Ouro e, em 2016, enfim foi campeão nos jogos Olímpicos.
Hoje, faz exatamente quatro anos daquela conquista que terminou nos pênaltis num Maracanã lotado (aliás, saudades estádios lotados! Saudades aglomeração! Mas ainda não pode). A última cobrança coube a Neymar. E aquela caminhada do meio-campo até pegar a bola foi complicada, como o próprio Neymar nos contou.
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Agora, a missão é mais um título inédito, dessa vez com o Paris Saint-Germain, que também já superou um trauma nessa edição da Champions. Nas últimas três temporadas, o clube francês parou nas oitavas de final. Na primeira delas, aliás, Neymar estava do outro lado decidindo a favor do Barcelona naquela virada histórica dos 6x1. Depois, veio queda pro Real Madrid e pra um Manchester United todo remendado por tantos desfalques. Mas tudo isso ficou pra trás quando o PSG conseguiu passar pelo Borussia Dortmund com Neymar fazendo um dos gols.
Nas quartas de final, ele foi o melhor em campo. Na semi, deu um toquinho na bola genial pro gol de Di Maria e tentou um golaço de falta que poucos jogadores tentariam. Pensar num PSG campeão da Liga dos Campeões sem a participação efetiva, decisiva de Neymar é quase impossível. Na temporada, foram 26 jogos, 19 gols e 11 assistências, o que significa que Neymar participou de 30 gols em 26 jogos, média de mais de um gol por jogo.
Com a companhia de Mbappé e Di Maria, jogando numa função mais central, de criação do jogo, o camisa 10 consegue participar mais da partida, tem mais campo a sua disposição pra enxergar qual a melhor decisão a tomar. Diferente de outros momentos, quando Neymar tentava muitas jogadas individuais, ficava tempo demais com a bola nos pés e chamava as faltas, agora ele joga coletivamente. Está mais maduro nisso.
O comportamento fora das quatro linhas também mudou, com menos polêmicas e menos exposição. Depois da medalha de Ouro na Olimpíada, por exemplo, Neymar chegou a discutir com um torcedor que estava o xingando. Nessa temporada, ele parece mais tranquilo. Está, de fato, fazendo o que disse pra nossa correspondente, Isabela Pagliari: “falar menos e jogar mais”. Isso fez bem a ele.
O menino Ney parece ter virado adulto Ney e pode mais uma vez fazer história. Se a Taça da Liga dos Campeões for pro PSG, será uma conquista inédita na história do clube. E quatro anos depois, Gnabry, que estava naquela Alemanha derrotada, pode perder mais uma vez um título pro brasileiro. Coincidências que podem se confirmar. Ou não.
