Habemus campeonato? Flamengo 1 x 4 São Paulo
Dois grandes clássicos em duas rodadas mostraram - para mim - que não só Flamengo e Atlético Mineiro podem sonhar com o título; São Paulo e Internacional mostraram bola para sonhar
Por Mauro Beting
Pedro chapou de fora da área no Beira-Rio e fez um belíssimo gol em Lomba, no domingo passado; Pedro chapou - de canhota! - de fora da área e tirou do Volpi que defendeu até pênalti de Bruno Henrique no ótimo primeiro tempo no Maracanã, mas não conseguiu evitar o placar aberto pelo dono da casa e favorito ao título. Como o absurdo Hugo Souza o "Pedro da meta rubro-negra" (que tudo faz muito bem e muito "fácil), não conseguiu evitar o belo gol de empate de Tchê Tchê (que tem mesmo de ser o lateral-direito de Diniz), e menos ainda o belo gol da virada do encantado Brenner (em outra infelicidade de Gustavo Henrique), no final da primeira etapa alucinante.
O São Paulo mereceu a vantagem que foi buscar no Rio pela maneira como marcou de modo organizado como não estava. Bruno Alves voltou bem ao lado de Diego Costa, com a guarida de Luan. Gabriel Sara mais à frente deu mais ritmo e consistência ao ataque que vive da ótima dinâmica e entendimento entre Luciano e Brenner.
O Flamengo sofreu mais do que se esperava com os desfalques. Talvez o desgaste tenha comprometido a atuação. Algumas teimas de Dome no posicionamento. Mas teve muito mais mérito tricolor para terminar a primeira etapa na frente. Como destacou Roger Flores na Globo, faltou o Flamengo morder como o São Paulo no primeiro tempo.
Em 10 minutos depois do intervalo, se o time de Diniz (sim, de Diniz) voltasse goleando, não seria um absurdo. Desnorteado e desorganizado, o Flamengo deu a bola e espaço ao São Paulo que ganhou um pênalti em outra infelicidade de Gustavo Henrique. Reinaldo fez 3 a 1 aos 13, coroando até então a melhor exibição do São Paulo em 2020 - para não dizer desde que Diniz estreou no ano passado, também no Maracanã, segurando a máquina de JJ no empate sem gols.
Aos 16, Daniel Alves atropelou afoitamentre Gérson (em grande lance) e cometeu o terceiro pênalti da tarde. Pedro, o irrepreensível, não bateu bem. E Volpi fez a sua segunda defesa de pênalti. E, no rebote, ainda fez outra defesaça.
A moeda pareceu voltar a cair em pé, como muito bem sabem os são-paulinos desde 1943.
Tanto que quanto mais pressionava o Flamengo, ainda que desorganizadamente e sem grandes ideias, não é que um goleiro de Fernando Diniz lançou (não deu chutão!) lá pra Luciano fazer 4 a 1?!
Não é crime espetar a bola. Não será crime lesa-bola imaginar um Brasileirão mais aberto do que o esperado. E sem ser esperneado apenas com jogos ruins como muitos times.
Não sei mais o que dizer deste Brasileirão aberto mais do que eu imaginava. E com mais um time para dizer que é possível.