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Lesão de Mbappe assusta o PSG e impacta em Neymar

Entrada violentíssima tirou o jovem atacante francês da decisão da Copa da França e acendeu a preocupação de não contar com ele no Super Agosto de Champions

Entrada duríssima de Perrin tirou Mbappe do jogo e pode afastá-lo do momento decisivo da Champions
Entrada duríssima de Perrin tirou Mbappe do jogo e pode afastá-lo do momento decisivo da Champions (Getty Images)

Por Vitor Sérgio Rodrigues

“Estalou um pouco”. Assim o atacante Mbappe respondeu ao presidente da França, Emannuel Macron, ao ser perguntado como estava a lesão no tornozelo direito sofrida na conquista da Copa da França, nesta sexta-feira. A entrada violentíssima do zagueiro Loic Perrín, que foi expulso apenas após o chamado do VAR, foi a nota triste da vitória do PSG por 1 a 0 sobre o Saint Étienne, gol de Neymar, que garantiu o 13º título da Copa da França ao maior vencedor do torneio.

Mbappe iria fazer exames em um hospital de Paris na noite desta sexta-feira, mas o clima no PSG era de revolta e preocupação. Primeiro pela violência do Saint Étienne no jogo. Pouco depois da lesão de Mbappe, o volante Leandro Paredes recebeu uma entrada duríssima de Camara. O técnico Thomas Tuchel estava irritadíssimo na coletiva, lembrando que o Saint Étienne teve jogador expulso nos três duelos entre os clubes na temporada (três vitórias do PSG).

A possibilidade de perder Mbappe para o Super Agosto de Champions, quando o clube vai brigar pelo inédito título da Liga dos Campeões, apavora o PSG. Primeiro pela possível ausência de um dos melhores atacantes do mundo, que nesta temporada tem 30 gols e 17 assistências em 34 jogos na temporada. Depois pela forma como o PSG teria que alterar sua forma de jogar às vésperas da fase decisiva do maior torneio de clubes do mundo.

Tuchel, que sofreu demais nesta temporada com lesões, suspensões e alguns problemas de relacionamento, conseguiu achar um ótimo funcionamento para o ataque do PSG no quarteto Di Maria, Neymar, Mbappe e Icardi. Sem Mbappe, esse funcionamento perde seu jogador mais explosivo, o que pode romper as defesas com um toque, como fez no lance do gol do título, após a tabela com Di Maria, a finalização e a bola sobrando para Neymar marcar no rebote.

Aí que entra a outra ponta sentida por não ter Mbappe: mexer com as funções de Neymar. O brasileiro jogou demais na final, trabalhando como um articulador, em momentos armando o time desde atrás, em outros abusando dos espaços nas costas da linha de meio do Saint Étienne. Foram vários passes “açucarados” para Icardi (que fez outro jogo de regular para ruim) e para Sarabia (que entrou muito mal no lugar de Mbappe) desperdiçarem.

Sem Mbappe, de cara a responsabilidade de Neymar aumenta. Você perde uma estrela do futebol mundial para dividir a atenção do sistema defensivo e também muito poder de fogo. Sem Mbappe, Neymar pode ser empurrado mais para perto do gol, sem tanto espaço para a construção, algo que o brasileiro vem fazendo tão bem.

Imagino que todos envolvidos com o PSG, do presidente ao porteiro, do técnico Thomas Tuchel ao torcedor mais jovem, estão neste momento mandando as vibrações positivas para os exames de Mbappe. A chance mais estruturada de o clube parisiense ganhar a Champions sofrerá um baque grande se não tiver o jovem francês.

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