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Libertadores, Brasileirão e reflexão: em um ano, Jorge Jesus conquistou muito no Flamengo

Treinador português fez individualidades crescerem, questionou rodízio do futebol brasileiro e fez rubro-negro encantar durante as partidas

Jorge Jesus comemora conquista da Libertadores em cima do caminhão com os jogadores
Jorge Jesus comemora conquista da Libertadores em cima do caminhão com os jogadores - Wagner Meier (2019 Getty Images)

Por Taynah Espinoza

1º de junho de 2019. Final da Liga dos Campeões entre Liverpool e Tottenham. Jorge Jesus profetizou: "quem vai estar é uma dessas duas equipes na final do Campeonato do Mundo. Espero bem que sejamos nós, o Flamengo. E pode ser o Liverpool porque o Flamengo já teve uma história, na última vez que ganhou, ganhou 3x0 do Liverpool". Pro torcedor do Famengo, pensar em final do Mundial naquele momento parecia um sonho. E foi mesmo! Um sonho muito bem vivido na última temporada. Exatamente um ano depois do anúncio oficial do Flamengo da contratação do treinador português, os números, os títulos e as atuações do time mostram que o clube acertou em cheio ao buscá-lo.

Jesus fez o Flamengo encantar jogando futebol. Fez o time de 2019 ser comparado a times históricos do futebol brasileiro. Com toda razão. O rubro-negro foi Campeão Brasileiro com 16 pontos de vantagem pro segundo colocado, Santos. A diferença na pontuação reflete a diferença de futebol que a equipe apresentava em relação as demais. Muito pelo trabalho do treinador.

Logo na chegada, Jorge Jesus questionou a falta de um segundo volante no elenco do Flamengo. Willian Arão, que pra muitos era esse homem, pro técnico era, na verdade, um primeiro volante, afinal ele entende que, nessa posição, o atleta precisa desarmar, mas também precisa saber armar, iniciar as jogadas. E foi impressionante o crescimento de Arão na melhor temporada que ele já fez na carreira.

Aliás, Arão é mais um entre tantos que tiveram, com Jorge Jesus, um desempenho ainda melhor. Gabigol e Bruno Henrique são outros bons exemplos disso. Com o português, eles entregaram muito mais do que tinham entregue, também juntos, no Santos. Gabriel atingiu a impressionante marca de 38 gols em 41 jogos.

Além de auxiliar nas individualidades, Jesus questionou também o rodízio de jogadores que muitas comissões técnicas entendem ser vital quando a temporada engata jogos aos finais de semana e meio de semana aqui no Brasil. Pro treinador, poupar só em caso extremo e pontual. O português não deixava o time inteiro fora. Tirava um jogador de um jogo, outro atleta de outra partida, e assim mantinha o alto nível de atuações da equipe titular.

Jorge Jesus foi determinante pro crescimento de Gabigol, que fez 38 gols em 41 jogos sob o comando do treinador. Foto: Getty Images
Jorge Jesus foi determinante pro crescimento de Gabigol, que fez 38 gols em 41 jogos sob o comando do treinador. Foto: Getty Images

Outra diferença bastante perceptível entre o Flamengo e os outros times brasileiros na temporada passada era a intensidade. O time carioca estava quase sempre com marcação alta, com intensidade forte, mordendo o adversário até recuperar a bola. Era raro ver a equipe trocando passes laterais pra deixar o jogo morno. Era intensidade, velocidade, jogo vertical em direção ao gol praticamente o tempo todo. Os números deixam isso claro. Em 51 jogos, foram 38 vitórias, 9 empates e só 4 derrotas, um aproveitamento de 80%. 118 gols marcados, uma média de 2.3 gol por jogo, e 45 gols sofridos.

Jorge Jesus levou o Flamengo ao título Brasileiro e da Libertadores. E, mais do que isso, fez o futebol brasileiro refletir sobre o atual momento que vive.

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