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Quem vive de passado é quem tem história

Grêmio e Flamengo possuem muita história pra contar

Por Mauro Beting

Grêmio x Flamengo fizeram uma das grandes decisões da história do Brasileiro, em 1982. O melhor time que vi jogar no Brasil (o Flamengo de Zico 1981-82) empatou 1 a 1 no Maracanã com o Grêmio de Leão, ficou no empate sem gols no Olímpico no segundo jogo, e na melhor de três partidas ganhou o tri brasileiro no 1 a 0 final, gol de Nunes, em lance espetacular do Galinho, em tarde de arbitragem muito polêmica em Porto Alegre.

Thiago Ribeiro/AGIF
Grêmio e Flamengo se enfrentam nesta quarta (2)

Uma inesquecível final equilibrada com duas grandes equipes. Mas o Flamengo era melhor. Apesar daquele endiabrado e enjoado camisa 7 tricolor, que deu um sufoco no não menos genial Júnior. Lateral da igualmente espetacular Seleção de Telê, que logo depois perderia a Copa na Espanha, mas conquistaria o mundo mesmo perdendo o título.

Certas derrotas nos orgulham. O Brasil de 1982 é nosso melhor exemplo em Copas. Aquele Grêmio de meses antes também foi derrubado por uma senhora equipe. Um Flamengo que era uma seleção. Naquela decisão com Leandro, Figueiredo, Júnior, Andrade, Adílio, Tita, Zico e Nunes formados na Gávea. Três titulares do Brasil de Telê que também atuava no mesmo 4-2-3-1. Equipe que crescera junto e que deixava aquele time ainda mais entrosado e afinado dentro e fora de campo.

Oito titulares da base. Como oito em 2019 são os reforços que chegaram nesta temporada entre os titulares do Flamengo. Quatro deles depois da Copa América com Jorge Jesus. Completando um timaço com 11 caras que não cresceram na Gávea.

E daí?

Não precisa formar em casa para fazer uma grande equipe que se identifica e faz de qualquer campo sua casa. E este o Flamengo de 2019. O melhor time da hora no Brasil. O melhor futebol no país.

O que não é garantia para ser nem mesmo o classificado para a grande decisão da América. Porque pela frente tem o time dirigido por aquele mesmo endiabrado Renato que também seria tão importante na Copa União de 1987 pelo mesmo Flamengo. Senhor treinador tricampeão da Libertadores em 2017 pelo Grêmio. Aquele senhor que ficou sentado no gramado do Maracanã na final de 2008 desolado pelos pênaltis perdidos pelo seu Fluminense diante da LDU. Renato que começara a até então insuspeita carreira de treinador meio que no desespero no Fluminense do BR-96. Quando caiu sem ter rebaixamento.

Quando não se levava a sério Renato e ainda menos o futebol brasileiro. E ele virou esse jogo. Sobretudo nesse Grêmio onde brotam talentos como Matheus Henrique e Jean Pyerre (que tanta falta fará). Mas tem Everton que debulha. Tem Luan que pode voltar a ser o craque que foi em 2017. Tardelli que já conquistou a América em 2005 e 2013. Um Grêmio que revive carreiras e sonhos de reconquistas. Desde 1983. Também em 1995. E no tri imortal de 2017.

Está tudo aberto para duas grandes semifinais. Na bola sou mais Flamengo. Na camisa continental sou mais Grêmio. Na decisão fico no muro da indecisão.

Tem muito jogo pela frente. Nada está perdido. Tem muita história a ser contada. E aqui vamos sempre lembrar quem tem. Quem vive de passado é quem tem história.

Quem vira o jogo é quem tem a força de Michael e de Alan Ruschel. Autores do lance do gol da vitória do Goiás na estreia de Abelão no Cruzeiro, na véspera do nosso novo portal entrar no ar.

O melhor driblador do BR-19 bateu em gol a bola que Ruschel aproveitou. O sobrevivente de Medellin fez o gol esmeraldino aproveitando o lance de um ex-traficante que parecia perdido não só pro futebol como pra vida.

Michael resolveu driblar o extracampo driblando muito em campo. É exemplo. Como o iluminado Ruschel inspira quem vai pra qualquer campo.

Hoje nosso portal no Esporte Interativo entra em campo com esse espírito. Para contar histórias de quem a faz e refaz.

Aqui não tem jogo perdido. Tem como virar cada história. Como o EI desde 2007 ajuda a contar o que não tem palavras.

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