Não sei o que fazer com o futebol, e ainda mais sem
UEFA quer rolar a bola já em julho, mas sem público. Eu não sei o que pensar.
Por Mauro Beting
Não sou presidente da República para ameaçar quem faz algo baseado no bom senso e na ciência. Mas não sei se eu seria como foi o presidente da UEFA para definir que a bola precisa voltar a rolar até julho. Sem público. E, quem sabe, sem a segurança ideal.
Ainda não sei o que será até hoje à noite. E imagino que deva a cada dia ser mais complexo e difícil superar cada dia. Com cada vez menos condições materiais, mentais, emocionais, econômicas.
O futebol ajuda hoje. Ajuda desde 1863. Mas ainda não é (mesm sendo...) o que definiu Bill Shankly, mítico treinador do Liverpool: "o futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso".
Vamos precisar cada vez mais de circo e de pão. Não falo de palhaços sem graça. Mas precisamos dos equilibristas e da graça do nosso jogo.
Mas a que preço?
Paremos para pensar.
Ou só pensar, porque já parados.
E sempe lembrando que não é preciso parar para pensar. Dá para raciocinar andando. Até mesmo defecando e andando.