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O patamar que pode servir para os outros

Gestão do Flamengo põe o clube muito à frente dos concorrentes. Porém, a excelência no trabalho de administração tende a criar um 'novo protocolo' no futebol brasileiro e pavimentar um caminho claro a seguir

Por Bruno Formiga

O Flamengo começa 2020 mantendo 10 dos seus 11 titulares da temporada passada. Além disso, contratou reforços desejados por todos os outros clubes do Brasil e de qualidade comprovada para manter o nível da equipe principal. Fez tudo isso, diga-se, gastando, em uma conta rápida e arrendodada, R$148 milhões. Valor que seria bem alto não fossem os R$ 132 milhões arrecadados em negociações (Reinier e Marí). Na prática, a equipe de Jorge Jesus ficou melhor e quase não esvaziou o cofre.

A equação expõe o quanto o time carioca está sobrando - em campo e fora dele. E como a gestão, somada ao trabalho de um técnico fora dos padrões nacionais e à arrecadação que só cresce, construiu um abismo entre Flamengo e o resto.

Mas será que o cenário é tão apavorante assim?

Minha resposta, em médio e longo prazo, é não.

Se olharmos para trás, outros clubes que criaram soberania e surfaram em períodos de hegemonia acabaram puxando concorrentes e criando novas maneiras de fazer futebol por aqui.

É como se cada ciclo desses atualizasse à força os 'protocolos' dos dirigentes.

Isso já valeu para Palmeiras, Fluminense, São Paulo, Cruzeiro, etc. Seja no modelo de negócio, na aposta da base, nos acordos de patrocínio, na estrutura, no marketing, no mapeamento de talentos...

Os vencedores sempre criaram novos "jeitos certos de fazer".

E quem tava perdendo ou atrasado acabou correndo atrás.

Sob esse ponto de vista podemos dizer que o Flamengo faz um bem ao futebol brasileiro. Mostrou que não é preciso um mecenas ou um dinheiro milagroso para mudar radicalmente a vida de um clube.

O tempo dirá se realmente os cartolas vão seguir o líder ou inventar novas formas. Mas é fato que a concorrência precisa dar respostas. E elas virão. Mais cedo ou mais tarde.

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