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O risco que a Premier League corre com o Brexit

Chegou o dia de o Reino Unido sair da União Europeia. A Premier League pode ser muito afetada por uma das regras do Brexit, mas uma briga nos bastidores pode manter tudo como está

Por Vitor Sérgio Rodrigues

Após uma novela de quase quatro anos, o Brexit (apelido, em inglês, para a saída do Reino Unido da União Europeia) será concretizado na noite desta sexta-feira, às 23h no horário inglês (20h aqui no Brasil). Será feita a vontade do povo, que em 2016 votou para o desligamento do bloco comum europeu em um referendo. Essa medida trará uma série de modificações no cotidiano dos países envolvidos e pode ter uma grande consequência para o campeonato nacional mais bem sucedido do mundo: a Premier League.

Um dos reflexos do Brexit é que os trabalhadores dos países que fazem parte da União Europeia passarão a ser considerados estrangeiros no Reino Unido. Atualmente, um italiano, por exemplo, pode ir para o Reino Unido e conseguir um emprego nas mesmas condições que um inglês ou escocês. Com o Brexit, isso acabará a partir de 1º de janeiro de 2021. Se essa regra valer também para os jogadores de futebol (neste momento não há nenhum indicativo de que esses atletas terão tratamento diferenciado), a Premier League sofrerá, no médio prazo, um baque.

A explicação é que os jogadores de países que fazem parte da União Europeia (italianos, alemães, portugueses, espanhóis, suecos, entre outros) não contam como estrangeiros na formação das equipes. São os chamados “jogadores comunitários”. Pegando o Liverpool como exemplo, Van Dijk, Wijnaldum, Origi e Adrián não contam como estrangeiros. Se o Brexit valer também para jogadores de futebol, eles passariam a contar. E isso dificultaria na formação do elenco, já que cada time só poderá ter 12 estrangeiros no total.

Outra mudança é em relação à permissão de trabalho. Atualmente, os jovens jogadores comunitários não precisam receber uma visto que lhe permita trabalhar no Reino Unido. Com o Brexit, em tese, qualquer revelação contratada de países que fazem parte da União Europeia serão submetidos a isso, se equiparando ao que acontece com muitos brasileiros e argentinos, por exemplo.

Uma disputa nos bastidores envolvendo o futebol no Reino Unido está sendo travada por lá. A Premier League batalha para que as regras envolvendo o futebol não sejam tão duras, pensando em proteger o seu bem sucedido produto. A Football Association, a CBF de lá, quer que os jogadores sejam encarados como qualquer trabalhador, pensando que quanto menos estrangeiros, mais espaço para jogadores ingleses haverá. O governo inglês, com muitas preocupações neste momento, não tem se pronunciado sobre o caso.

Difícil ver quem ganhará essa queda-de-braço, mas eu acho que a Premier League, com contratos de TV trienais de 5 bilhões de libras (apenas no Reino Unido), vai acabar se defendendo bem dessa possível ameaça. A liga está muito forte e movimenta muito dinheiro para ser ameaçada dessa forma.

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