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POLÊMICAS VAZIAS (em texto): Neymar ou Ronaldinho?

Do Youtube para o blog! Do vídeo para o texto. Polêmicas Vazias ganha versão escrita - de vez em quando. E algumas comparações que nunca levam a nada (mas são ótimas de fazer) têm agora argumentos devidamente registrados.

Por Bruno Formiga

Sim. A ideia é polemizar por aqui também. Mas sem achismo gratuito ou chute no vento. O POLÊMICAS VAZIAS sempre traz argumentos, dados, levantamentos e história para embasar uma OPINIÃO. Afinal, opinião não é argumento. Argumento é que sustenta uma opinião.

Bem. Pelo menos deveria ser assim.

E pra inaugurar esse espaço extra do PV (sim, o programa tem até nome carinhoso), vamos de algumas comparações clássicas que já fizeram sucesso no Youtube e outras que ainda estão na fila - mas que eu faço questão de dar uns spoilers exclusivo para o blog.

MESSI OU CRISTIANO RONALDO?
A origem do Polêmicas Vazias está aí. A disputa que vai marcar toda uma geração e muitas vezes é definida muito mais por gosto pessoal e idolatria do que necessariamente por uma análise objetiva de bola por bola.

Vejamos: Messi e Cristiano não cumprem a mesma função e nem são jogadores parecidos. Se diferem no físico e principalmente na faixa de campo que ocupam.

Cristiano é uma máquina de fazer gols. Tem exatos 725 em 1000 jogos. Uma média excelente de 0,73. Some-se ai mais 220 assistências, uma quantidade absurda para o goleador que teoricamente deveria se preocupar mais em finalizar do que passar.

Pois bem. Messi tem três anos a menos de carreira e apenas 28 gols a menos. São 697 bolas na rede e mais 289 assistências (não se tem, por sinal, registro de alguém que tenha dado mais passes para gols no futebol). Isso tudo em 856 partidas. Ou seja, ele participou de bem mais gols e fez quase a mesma quantidade com 144 jogos de diferença.

É aí que, pra mim, vem a diferença. Messi é tão mortal quanto Cristiano e muito mais ativo no jogo. Constrói, arma, dribla, regula, controla muito mais que o português, que, apesar de ter mais ferramentas (cabeceio, perna direita, perna esquerda, etc), não é mais completo do ponto de vista tático que o argentino.

Isso sem contar que é mais bonito ver Messi jogar do que Cristiano, que é pura eficiência e está entre o maiores de todos os tempos. Mas o camisa 10 do Barcelona carrega a efetividade com diversão, com surpresa e genialidade.

O grande mérito de Cristiano, um vencedor nato e decisivo, sem dúvidas, é transformar uma diferença gigantesca em uma disputa que parece fazer algum sentido.

NEYMAR OU RONALDINHO GAÚCHO?
Essa comparação parece não fazer sentido, entendo. Soa como loucura. Mas não é.

Apesar do personagem por vezes antipático e cheio de arranhões na imagem, Neymar é um jogador fantástico. E extremamente constante. Tirando as vezes em que esteve machucado, quando você viu o atual camisa 10 do PSG jogar mal?

Não enche duas mãos.

Em números, a comparação nem justa é. Neymar tem mais gols, mais passes, mais títulos. E fez tudo isso em menos tempo que o Gaúcho.

Ok. O auge de Ronaldinho o fez ser melhor do mundo duas vezes seguidas. Era maravilhoso de ver. Uma coisa absurda. Mas jogador não é feito de duas, três ou quatro temporadas. É um todo. Um conjunto de qualidades, de efetividade, de utilidade, de ferramentas e talento.

Ronaldinho talvez seja mais plástico do que Neymar. Inventivo. Capaz de arrancar um sorriso do nada em um lance isolado na lateral.

Mas Neymar tem o 1x1 em progressão mais mortal. Finaliza mais e melhor. Muda de direção com mais facilidade. E funciona de armador tão bem quanto Ronaldinho, que jogando em uma faixa central (como na Copa de 2006) sempre teve enorme dificuldade, coisa que Ney faz com bem mais conforto.

O melhor Ronaldinho estava aberto na esquerda. O melhor Neymar se espalha no gramado. Faz a função na ponta, cai por dentro, pisa na área, é segundo atacante, ponta-de-lança. Um leque enorme de opções.

Detalhe: mesmo voando, Ronaldinho fez várias partidas discretas. Algumas até ruins. Era como se sumisse do jogo. Contra o Chelsea, na Champions, por exemplo, mete um gol de bico inesquecível. Mas no todo, não foi bem. Erra muito, se esconde. Quem toma conta do meio é Deco. Mas na memória ficou o lance de DVD.

Ronaldinho foi campeão do mundo, da Champions, da Libertadores. É enorme. Um monstro sagrado. Neymar pode não conquistar tudo e nem ser melhor do mundo. Mas tem mais bola.

SÉRGIO RAMOS OU VAN DIJK
Essa talvez seja a mais fácil. Apesar de ter concorrido a melhor do mundo e viver um momento especial, Van Dijk não é mais zagueiro e nem mais jogador que Ramos.

O capitão do Real é fortíssimo na recuperação, no embate mano a mano e na bola pelo alto. Tem o passe melhor e a saída em condução de bola também superior. E é tão bom quanto o holandês no senso de posicionamento.

Lembrando que Sérgio Ramos joga nesse nível que Van Dijk está hoje há pelo menos sete anos. E com o bônus de decidir jogos e garantir pontos.

Ramos já foi lateral e até volante. É bem mais polivalente que Van Dijk. Os dois, por sinal, formam a minha dupla de zaga dos últimos dez anos.

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