Imagem ilustrativa na TNT Sports

É agora que a história é escrita! Assista a TODOS os jogos do mata-mata da Champions League AO VIVO!

ASSINE JÁ
Blogs

Pipoqueiro ou gênio? Neymar completa dez anos na Seleção Brasileira

Logo na estreia, dia 10 de agosto de 2010, contra os EUA, Neymar fez o primeiro dos seus 61 gols

Neymar é o terceiro maior artilheiro da história da Seleção Brasileira, atrás apenas de Ronaldo Fenômeno e Pelé
Neymar é o terceiro maior artilheiro da história da Seleção Brasileira, atrás apenas de Ronaldo Fenômeno e Pelé - Getty Images (2019 Shaun Clark)

Por Taynah Espinoza

Elogios exagerados, críticas acima do tom. É com essa dualidade que Neymar completa, hoje, dez anos de Seleção Brasileira. Dia 10 de agosto de 2010, o então jogador do Santos foi convocado pela primeira vez pra Seleção principal com o também estreante, Mano Menezes. Contra os Estados Unidos, Neymar já deixou a sua marca, começando uma trajetória de números impressionantes.

Em 101 partidas, o jogador participou diretamente de 102 gols, praticamente um por jogo. Foram 61 gols e 41 assistências. Nas duas finais que disputou, da Copa das Confederações e da Olimpíada, Neymar fez gol e foi campeão. Ele é o terceiro maior artilheiro da história da Seleção, com 61 gols, atrás apenas de Ronaldo Fenômeno (62) e Pelé (77). Ainda assim, sobram críticas ao, hoje, camisa 10 do Brasil.

Debe activar el uso de Cookies Sociales para ver el contenido.

Questionar o lado técnico de Neymar é impossível. Atrás de Messi e Cristiano Ronaldo, atualmente, ele é o jogador com mais recursos pra decidir uma partida. O antes atacante e driblador, hoje distribui o jogo como meia com a camisa do PSG. O problema dele nunca foi técnico. O questionamento todo é comportamental. E por opção do próprio Neymar.

Quando ele aparece, lesionado, no carnaval de Salvador, enquanto o PSG se prepara pra disputar as oitavas de final da Liga dos Campeões, ele abre brecha pra críticas. Quando ele, seguidamente, consegue participar do aniversário da irmã por suspensões ou lesões, ele abre brecha pra críticas. Críticas, todas, comportamentais. E merecidas.

Mas dentro de campo, não há o que questionar. Nem mesmo as simulações, que tanto acusam Neymar de fazer, eu acredito que mereçam críticas. Por um simples motivo: Neymar realmente apanha. Em muitos momentos, poderia se machucar de forma ainda mais grave caso não saltasse. O carimbo que quiseram colocar nele na Copa do Mundo de 2018, pra mim, é injusto. E muita gente que opinou mundo afora sobre isso, o fez pra ganhar holofote. Virou moda criticar Neymar.

Em campo pela Seleção Brasileira, na última década, qual jogador é mais decisivo que ele? Qual jogador é mais técnico que ele? Qual jogador é mais goleador que ele? Neymar não ganhou uma Copa do Mundo, é verdade. Mas não acredito que carreira nenhuma possa ser questionada por esse motivo. Só pra citar um, Messi está aí pra provar. Além disso, as lesões foram determinantes nesse “fracasso” que tanto pintam de Neymar. Na Copa do Mundo de 2014, uma lesão grave na costela o tirou da competição. Na Copa de 2018, ele chegou pra disputa depois de praticamente três meses afastado por uma lesão no pé.

Neymar tem muitos defeitos, como todos nós, aliás. O da imaturidade, pra mim, é o principal deles, e nem vou entrar no mérito dos motivos porque poderia escrever aqui outro texto sobre isso. A questão é que tudo com Neymar é 8 ou 80. É pipoqueiro ou é gênio. É firulento ou é craque. É peladeiro ou é Melhor do Mundo. Conviver com essa dualidade, nos últimos dez anos, é a realidade de Neymar.

Mais Vistas