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Renato, Grêmio e a hierarquia dos ídolos no futebol

Protegido pelo Tricolor por ser do grupo de risco, treinador descumpre orientação do clube e vai à praia pela terceira vez durante a pandemia do novo Coronavírus

Antes do futebol parar, Renato protestou por cuidados com profissionais do futebol. Agora, é visto na praia descumprindo regras do Rio de Janeiro e orientações do Grêmio
Antes do futebol parar, Renato protestou por cuidados com profissionais do futebol. Agora, é visto na praia descumprindo regras do Rio de Janeiro e orientações do Grêmio - Lucas Uebel (2020 Getty Images)

Por Taynah Espinoza

A história de Renato Portaluppi com o Grêmio é gigantesca. Certamente, ele é o maior ídolo e um dos principais personagens do clube, com título da Libertadores e Mundial como jogador e com conquista de Libertadores e Copa do Brasil como treinador também. Mas a relação de hierarquia entre clube e empregado precisa se manter. Mesmo que o empregado seja um ídolo.

No último domingo, Renato foi fotografado mais uma vez na beira da praia no Rio de Janeiro. Foi a terceira durante a pandemia do novo Coronavírus. Enquanto os jogadores do Grêmio já voltaram aos trabalhos em Porto Alegre, com todo o protocolo de segurança, Renato permaneceu no Rio por cuidados do clube. O treinador passou por duas cirurgias cardíacas nos últimos anos e, por isso, está no grupo de risco. Essa foi a alegação oficial do Grêmio. Mas não parece que Renato tenha entendido dessa forma.

Em contato com os colegas do GloboEsporte.com, o técnico afirmou que não tem função no clube neste momento em que os treinamentos coletivos ainda não estão liberados. “Eu não tenho o que fazer aí (em Porto Alegre). Tem os protocolos. Eu falo com o presidente direto. E se ele mandar eu voltar, eu volto amanhã. Mas aí eu não tenho função. Estão os meus dois auxiliares quase sem ter o que fazer. Aí ficará mais eu”, disse Renato. Afinal, ele não está em Porto Alegre porque é do grupo de risco ou porque “não tem o que fazer”?

Pergunto isso porque está longe de ser a primeira vez que Renato fica no Rio de Janeiro por “não ter o que fazer em Porto Alegre”. Algumas vezes, o treinador foi visto na capital carioca numa segunda-feira pós-jogo enquanto os atletas treinavam no CT. A alegação era a mesma: dia de treino regenerativo, o treinador não teria função. Mas pera lá. No dia de treino regenerativo pros atletas que jogaram, os jogadores que não atuaram os 90 minutos treinam com bola. É uma boa oportunidade para os treinadores observarem os reservas. Quando Renato prefere jogar futevôlei no Rio em vez de acompanhar esse treino, a mensagem passada aos reservas é péssima.

Mas como questionar quem venceu tanto com o clube nos últimos anos? Como cobrar do maior ídolo da história da instituição? Manter a hierarquia com personagens desse tamanho é um dos grandes desafios do futebol. Mas é necessário. Do contrário, acontece o que aconteceu neste final de semana. Renato desrespeita o que é solicitado pelo Grêmio e não cumpre as recomendações e o clube emite uma nota leve, apenas para não dizer que ficou falado.

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