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Robinho não está sendo ressocializado. Ele está sendo absolvido pelo Santos

A contratação de Robinho pelo Santos trouxe à tona algumas discussões. Uma delas é sobre segunda chance e empatia. No fundo, porém, trata-se apenas de demagogia pura

Por Bruno Formiga

Robinho está de volta ao Santos. O clube contratou seu ídolo novamente, mesmo com uma condenação por violência sexual em primeira instância na Itália. O recado, pra mim, é claro: o ganho técnico do time é mais importante agora que o debate moral.

Importante ressaltar um ponto. Ressocialização é tratado como fundamento do Direito Penal. E eu defendo total. Mas isso vale para quem teve liberdade privada e precisa se readequar à sociedade. Ou seja, ressocialização é pra quem cumpriu pena.

Ressocializar, assim sendo, é colocar na sociedade NOVAMENTE. Logo, tem lhufas a ver com a situação Robinho-Santos. ZERO. Muitos têm usado algo que sequer acreditam como princípio para passar pano e minimizar uma situação.

Robinho foi condenado na Itália por violência sexual. E agora recorre para provar que é inocente. Simbolicamente, sua contratação ignora um fato (mesmo depois de debater sobre) e deixa o peso do ídolo ser maior que o peso moral de um recado institucional torto e triste.

Trazê-lo é escolher um lado, mesmo que a ideia não seja essa. Um vespeiro que o clube não precisava se meter agora. Não tem jeito. Cada ação tem uma reação.

Não contratar Robinho não é condená-lo previamente. É esperar para ser justo. Com o réu e com a vítima. Mas fechar acordo com ele, em parte, é absolvê-lo. Ou, pior. Dizer, sem precisar falar, que o episódio simplesmente não importa.

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