Sem Dudu, como ficaria o Palmeiras?
Luxemburgo pretendia Dudu como meia-central em um time com Verón (Willian) e Roni pelos lados, Dudu centralizado (como já havia jogado com Marcelo Oliveira em 2015 e algumas vezes com Cuca em 2016), e Luiz Adriano à frente.
E agora?
Por Mauro Beting
Jogador que mais driblou, mais passes para gol deu e mais sofreu faltas no Brasil desde que chegou ao Palmeiras em 2015, Dudu virou referência, craque e ídolo palmeirense.
Merecidamente. E já saudosamente para o palmeirense.
Saindo Dudu para o Catar, a ideia de jogo de Luxemburgo muda significativamente. Até porque ele não tem nem em Lucas Lima e nem em Gustavo Scarpa e nem em Raphael Veiga os meias centrais em quem ele confia. Alan é muito talentoso - mas ainda não parece pronto e à altura do desafio para 2020.
Willian eventualmente por dentro, com Veron e Roni pelos lados, também não parece a opção preferencial do treinador.
Uma saída sem ir ao mercado (que está proibitivo para qualquer clube) seria um reformatado 4-3-3, com Bruno Henrique na cabeça da área, Gabriel Menino (ou Ramires) e Patrick de Paula (ou Zé Rafael) como meias internos do triângulo na intermediária. Ou até mesmo Lucas ou Scarpa ou Veiga um pouco mais atrás, para qualificar a saída de jogo.
Muito difícil imaginar que o Palmeiras tenha dinheiro para buscar alguém do mesmo nível de Dudu. Até porque são raros (aqui e lá fora).
E ninguém está à venda. Ainda mais para o mercado brasileiro.
A mais natural substituição no mercado para Dudu seria Everton Cebolinha. Mas não tem negócio com o Grêmio.
E não tem um substituto natural para tanta história escrita por Dudu no Palmeiras.
Por todo o pacote, não tinha como Dudu permanecer no Palmeiras.
Era hora de sair. Lamentavelmente.
Mas nada surpreenderá se ele voltar tão rapidamente como ele velozmente ganhou um lugar no coração alviverde.