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Seu Valdir, nosso plural de moral

Uma das melhores pessoas que conheci não no futebol, mas na vida

Por Mauro Beting

Ele nasceu para defender, não atacar. Pessoa que ouve e vê mais que fala e grita. Um que aprendeu a fazer mais que o necessário e falar só o que é preciso.
Como ele foi no ofício: Preciso. Conciso. Discreto. Eficiente. Bem colocado na grande área e fora dela. Fechava o ângulo e a boca pela inteligência que vence a violência. Saía da meta sem perder o objetivo. Ganhava jogos e campeonatos sem perder o respeito e a admiração. A pessoa ideal para defender seus ideais e seu time. Não por acaso o único profissional a trabalhar sem parar no futebol por mais de 60 dos 88 anos de vida.
Como goleiro do Renner e do Palmeiras e do Brasil. Preparador pioneiro dos goleiros do Palmeiras, Corinthians, São Paulo e do Brasil. Gerente de futebol de campeões estaduais, nacionais, continentais e mundiais. Pessoa querida e respeitada no mundo onde pessoas como ele são cada vez mais raras. Não apenas pela competência no que faz com amor e paixão. Mas pelo que consegue passar de conhecimento para aprimorar a capacidade de goleiros como Leão, Gilmar, Raul, Carlos, Valdir Peres, Ronaldo, Zetti, Velloso, Rogério Ceni, Sérgio, Marcos, Dida, Doni, Diego Cavallieri. Não apenas exemplos de defensores de meta. Mas gente que defende o ofício de goleiros e a vocação de caráter de jogar por todos como poucos.
Como Valdir Joaquim de Moraes. 1m72 de baixura para um goleiro. Imensurável estatura moral para cuidar de arqueiros e atletas como se fossem filhos. Para ensinar pupilos como se fossem adotivos. Professor Valdir é dos poucos mestres que não se discutem no futebol brasileiro. Porque é dos poucos professores que conheci que não querem apenas ensinar e orientar. Querem aprender junto com os alunos. Querem fazer crescer sem diminuir ninguém. Querem fazer direito o bem para todos.
Seu Valdir é um bem necessário há quase 60 anos. Um que defende sem precisar atacar. Ele é uma pessoa inatacável. Não por acaso foi um goleiro que quase toda bola tornou defensável. Não por acaso formou goleiros que não se cansam de defender lances indefensáveis. Por todos esses casos transformou os clubes onde trabalhou nas próprias casas. Ele só podia ser plural de moral. Obrigado pela vida, Valdir de Moraes.

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