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Sommelier de choro. Até quando?

O choro de Neymar depois da derrota na final da Liga dos Campeões virou debate

Neymar chorou após a derrota do PSG na final da Liga dos Campeões
Neymar chorou após a derrota do PSG na final da Liga dos Campeões - Getty Images (2020 Anadolu Agency)

Por Taynah Espinoza

Não é segredo pra ninguém que Neymar deseja ser Melhor do Mundo. Também não é segredo que vencer a Liga dos Campeões normalmente colabora muito na votação dessas eleições. Ou seja, perder a final da maior competição de clubes do mundo influencia tanto no PSG quando na carreira e no desejo de Neymar. Chorar com a derrota parece natural. Não pra todos.

Depois de perder a final pro Bayern, Neymar apareceu no campo derrubado, chorando e sendo consolado por adversários e companheiros de time. Era a tristeza de quem estava muito perto de conquistar mais uma vez um título tão sonhado e também se aproximar do Fifa The Best. Mas há quem diga que é a imagem de um Neymar mimado, carente e que precisa atrair holofotes até neste momento.

Quando viramos sommelier do choro alheio? Como sabemos se tinha ou não mais jogadores do PSG chorando se a UEFA focou no principal atleta do clube francês? Qual o problema de chorar em público? Por que sempre pensamos o pior?

O que vimos nessa temporada foi, sim, um Neymar mais maduro. A liderança, sempre tão questionada, ficou visível. O camisa 10 pode não ser um líder que estamos acostumados, que grita, que dá bronca...mas só há uma forma de liderar?

Durante as transmissões dos jogos do PSG nessa reta final de Champions, nos divertimos com as chegadas de Neymar ao estádio. E aí me chamou a atenção quando Julio Cesar, goleiro de Copa do Mundo, comentou com a gente que aquele estilo de Neymar no desembarque do ônibus deixa uma mensagem ao time: a mensagem da confiança. Isso é coisa de líder.

Líderes também choram. Como foi com Thiago Silva durante a Copa do Mundo em 2014. Ser líder não é não ter fraquezas. Se fosse, ninguém seria. Todos nós temos um ponto fraco. Liderar vai muito além disso. Liderar pode ser muito mais fazer do que falar. Foi o que Neymar fez durante essa temporada que chamou a atenção.

Um jogador mais coletivo, que cai menos na armadilha do adversário de irritá-lo, que pensa mais no grupo e que via a chance real de conquistar o maior título que um clube pode ter pra coroar esse amadurecimento. Não rolou. E aí, o choro é livre, na mais literal versão que essa expressão possa ter.

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