Presidente do Santos afirma que Benfica está prestes a desistir de compra do zagueiro Lucas Veríssimo

O presidente do Santos, Orlando Rollo, concedeu mais uma entrevista coletiva na tarde de hoje para fazer um balanço da atual gestão de transição. Entre vários outros assuntos, o presidente deu ênfase maior quando os questionamentos envolveram a venda de Lucas Veríssimo. Segundo o mandatário, o Benfica está prestes a retirar a proposta pelo zagueiro.

"O Conselho Fiscal vetou esse negócio por algumas questões técnicas e o presidente (do Conselho Deliberativo) Marcelo Teixeira pediu para que nós reapresentássemos em poucos dias essa nova proposta reformulada, mas o Benfica está prestes a desistir do negócio", revelou Rollo.

De acordo com o presidente, a situação financeira do Santos ainda é periclitante e, por isso, a venda de Lucas Veríssimo é essencial para que a diretoria consiga pagar os salários do elenco sem que corra o risco de perder jogadores.

"Infelizmente o Conselho Fiscal não entendeu. Eles vão conversar com os jogadores que não vão receber? E se perdermos os jogadores de graça por falta de pagamento? Temos que ter responsabilidade e deixar a política de lado e pensar no Santos. As questões são técnicas do Conselho Fiscal, mas meu medo é o Benfica retitrar a proposta".

Apesar do receio do presidente, a conversa com o Benfica e com os agentes do jogador está em andamento enquanto o clube já tem em mãos um acerto com uma instituição bancária que adiantará todo o valor do negócio, já que o modelo da venda envolve um longo período de parcelamento, mas também cobrará juros descontados do valor total do acerto entre os clubes.

"A taxa seria referente a um desconto de 15% por ser um parcelamento longo do Benfica, que excede 5 anos. Então em valores aproximados, salvo engano, é isso. Mas depois vai constar tudo no portal da transparência", disse Rollo, que ainda analisou o negócio dentro das atuais circunstâncias do clube. "É necessário vender o atleta, aproveitar que o atleta quer ir. É ruim o negócio? É ruim? Não. É bom? Também não. Mas é razoável, paga as contas. O Santos volta a respirar".