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Futebol Brasileiro

Após retorno, Castan diz que mudou de opinião e defende a volta de treinos

Em entrevista à VascoTV, zagueiro alerta que atletas precisam de pelo menos mais três semanas para que campeonatos recomecem e revela que só recebe 60% do salário desde agosto de 2019

Castan aprova volta aos treinos
Castan aprova volta aos treinos - Thiago Ribeiro (Thiago Ribeiro/AGIF)

Por Redacción Esporte Interativo

Em função da pandemia do novo coronavírus, o Vasco testou 350 pessoas entre atletas, comissão técnica e funcionários. 43 jogadores foram submetidos aos exames e 19 testaram positivo. Ainda assim, o clube decidiu pelo retorno das atividades, sendo nesse primeiro momento apenas para exames médicos e físicos. A atitude gerou algumas críticas. Porém, nesta quinta-feira, o zagueiro Leandro Castan, em entrevista à VascoTV admitiu que mudou de opinião e, hoje, entende que está mais seguro treinando dentro do clube que em casa.

“A gente ficou surpreso (com número de atletas contaminados). Mas por outro lado tive segurança a mais porque o pessoal do Vasco está fazendo um trabalho muito legal. Detectaram antes de ter contato com outros atletas e colocaram eles em isolamento. E nós estamos treinando. Eu achava que a gente fora do clube estava mais tranquilo que dentro, esse início está mostrando ao contrário”, disse.

No próximo sábado, está previsto uma reunião da Federação de Futebol do Rio de Janeiro para discutir algumas pautas, entre elas, o retorno do Campeonato Carioca, mesmo o Rio de Janeiro tendo batido recorde de mortos na última quarta-feira. Sobre a volta dos jogos o zagueiro deu o ponto de vista do atleta.

“Para volta dos jogos, não posso responder sobre a segurança do vírus, porque isso tem que ser feito por médicos e especialistas. Eu como atleta olho pelo lado da condição física e acho que precisamos de pelo menos de mais 3 semanas para voltar a jogar” - relatou o zagueiro.

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Assim como Fernando Miguel, Castan destacou a situação financeira do clube e revelou o tempo que está sem receber seu salário completo.

“Estamos há muitos meses com salários atrasados, eu também tenho grande parte do meu salário de imagem então desde agosto do ano passado recebo 60% do meu salário. É uma coisa que gera muita insatisfação em todos, mas procuramos ser profissionais, fazendo nossa parte e que diretoria resolva esse problema. Zé Luiz chegou, tem dado tranquilidade para gente que as coisas vão se resolver, estamos acreditando nele e confiando. Que quando voltarem os jogos esse não seja um problema, que a gente precise falar só das coisas dentro de campo, porque profissional que trabalhou tem que receber, digo isso pelos atletas e funcionários”, desabafou Castan.

Confira outras respostas da entrevista:

Treinos em casa

É difícil ficar sem treinar e sem jogar, eu continuei treinando em casa para perder menos possível de forma física, mas os jogos fazem muita falta. Claro que esse é um momento muito delicado e a gente reza para que passe logo e que a gente volte a realidade.

Ser inspiração

Não tento me enxergar como uma inspiração e sim como uma coisa natural e o exemplo que tento passar é o que faço e não o que falo. Tento ser um cara íntegro e que batalho bastante. Meu problema não era controlável, mas hoje eu me cuido muito mais porque fiquei muito tempo sem treinar e aquilo mexeu muito comigo. Sempre pensei que quando voltasse o treinamento seria meu trabalho e meu hobby. Tem gente que gosta de ir pro shopping, pro cinema, o meu programa preferido é treinar, isso alonga a minha carreira e procuro me cuidar muito. Ficar sem treinar

Identificação com torcida

Foi desde o início, desde que cheguei recebi carinho, torcida invadiu minhas redes sociais e senti um carinho que há muito tempo não sentia. Tive meu problema na Roma, fiquei tempo sem jogar e perdi essa sensação de ser querido. Quando a torcida me abraçou foi muito especial para mim. Eu dou a vida nos treinos todos dias porque treino é jogo e jogo é guerra. Quanto mais carinho, mais respeito eles têm comigo, maior é minha responsabilidade e tenho que estar mais focado para retribuir isso.

Contato com jogadora do Atlético de Madrid – redução de tumor

Minha assessoria falou da Virgínia, da situação dela, mandei mensagem para ela, vi que estava se recuperando, não entrei em contato, mas vou entrar depois. O maior desafio dessa doença é a volta que é lenta e difícil, vou fazer de tudo para falar com ela para incentivar. Para todos que sofrem com esse tipo de doença digo que precisam ter muita fé em Deus, saberem que tudo passa, ter tranquilidade para viver um dia após o outro. A cada dia que eu vivi era como uma final de campeonato para mim porque tinha que superar os limites do meu corpo. Hoje 6 anos depois vejo que valeu a pena cada esforço, cada luta. Tive muitos obstáculos, mas Deus tem me honrado e sustentado.

Dupla de zaga com Breno

É um cara que tenho carinho, respeito e admiração. Se não fosse os problemas que teve seria, com certeza, zagueiro da seleção brasileira. É meu amigo pessoal. Está motivado, torço para que dê a volta por cima, o que eu puder ajudar, farei. O Breno tem qualidade grande que vai ajudar ele, se posiciona bem tem técnica boa. Ter ele de volta engrandece o nosso elenco, porque um jogador no nível dele é bom para qualquer clube do Brasil. Estou torcendo muito para que volte, é um cara espetacular, estamos todos torcendo para que dê a volta por cima.

Conselho para Ramon

Acredito que Ramon tem a seu favor que conhece bem nosso grupo, é um cara que tem qualidade e conhecimento muito bom de futebol. A conversa que tive com ele me deixou entusiasmado por ter um treinador que está começando empolgado e pronto para esse desafio. Faremos o possível para ajudá-lo. Não começamos um ano bom, jogos contra Oriente Petroleiro foram nossos melhores jogos, por isso passamos. Na Copa do Brasil não jogamos bem, mas estamos vivos e no Campeonato Carioca tivemos atuações muito ruins e temos que melhorar. Os atletas têm que assumir a própria responsabilidade da mudança, não é o Ramon que vai chegar e mudar tudo, temos que comprar a ideia dele. Não é porque o Abel foi embora que tudo vai para as costas dele. Temos que estar muito focados, vamos ter pouco tempo e temos que assimilar as ideias do Ramon para levar isso para dentro de campo, jogo dele requer time com personalidade e agressivo. Estou confiante, nosso elenco é jovem, mas de muita qualidade. Não vejo a hora de estar em campo, fazendo aquilo que Ramon tem na cabeça que sei que torcedor vai gostar.

Aposentadoria

Não tenho planejamento de aposentar. Me sinto bem fisicamente, principalmente depois dessa parada, posso dizer que estou bem, testes que fizemos em janeiro melhoraram muito, estou me sentindo muito bem. Não tenho pensamento de me aposentar. Não posso falar que vou me aposentar no Vasco porque temos que saber que nós atletas somos passageiros, temos que merecer estar no clube e o dia que bater a idade e eu não consegui mais fazer aquilo tenho que sentar e discutir o que vou fazer. Não posso estipular uma meta, tem que estar vivendo, jogando em alto nível, me superando todo dia para honrar a camisa. Eu falei que tinha o sonho de vencer uma Libertadores com o Vasco, se for embora sem vencer, não foi o que Deus tinha planejado para mim. Aprendi que sonhar é de graça e sonho em jogar a Libertadores com essa camisa, a minha segunda e segunda do Vasco também. Sou um cara que penso positivo.

  • Vasco

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