Com maturidade de veterano e pés no chão, Roni mostra ser 'a cara' do Corinthians
Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, Roni destacou suas características e o que a torcida do Corinthians pode esperar de suas atuações, com muito amor à camisa
Por Aline Dias
Na última quarta-feira (16), o volante Roni, do Corinthians, viu acontecer a sua estreia na equipe profissional após 16 anos de clube. Para deixar a noite ainda mais brilhante para a sua carreira, o jogador de 21 anos foi o autor de um dos três gols marcados pelo Timão sobre o Bahia, jogo que terminou em 3 a 2 e garantiu a vitória ao Alvinegro após três partidas sem vencer.
Em conversa exclusiva com o Esporte Interativo, Roni afirmou que foi uma noite muito especial e "uma sensação indescritível". Contudo, questionado sobre seu sonho no Corinthians e para a sua carreira, o volante diz que prefere "viver um dia após o outro". "Posso dizer que realizei um sonho na última semana ao fazer minha estreia, fazer um gol, mas falta muita coisa ainda. Ainda não sou ninguém e tenho que aprender muito", declarou.
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Apesar de estar no clube desde 2004, quando começou ainda no futsal, Roni é uma novidade no time principal. Com uma estreia que agradou muito a torcida corintiana, mostrando maturidade atuando entre veteranos, o jogador parece ser "a cara" do Corinthians, como define alguns torcedores.
Minha característica é mais defensiva, sou mais forte na marcação, sou um jogador estratégico, mas gosto de subir quando tem espaço também. Tenho muito a evoluir ainda, mas o torcedor pode ter certeza que entrega não vai faltar. Se for preciso, a gente dá carrinho de cabeça (risos)".
Em seu elenco, o Alvinegro tem boas opções para o meio-campo, não sendo uma posição carente para o time. Em busca de espaço na titularidade, Roni vê como positivo ter um plantel farto. "Eu estou no Corinthians há 16 anos e sei da responsabilidade que temos ao vestir essa camisa, seja nas categorias de base ou no profissional. Fico muito feliz em poder ajudar minha equipe, meus companheiros, mas temos um grupo de muita qualidade e ótimas opções para a posição. Quem ganha é o Corinthians".
O volante também fez questão de exaltar a recepção que os jogadores mais novos tiveram por todos da equipe, além de destacar Cássio, Fagner, Jô e Ramiro. "Os atletas mais experientes nos receberam muito bem aqui, desde o ano passado quando fizemos alguns treinamentos junto ao time principal. Cássio, Fagner, Jô, Ramiro, entre outros, têm sido grandes exemplos aqui e espero poder absorver ao máximo o que eles puderem me ensinar".
Roni tem sua família como base e seu irmão, que faleceu, como uma de suas grandes motivações. Para ele, a palavra "esperança" tem um significado muito grande, além de se relacionar com uma matéria feita há muitos anos pelo jornalista Rodrigo Vessoni.
Meus pais nunca nos deixaram faltar nada e, desde que perdemos meu irmão, sinto que sou a esperança de dar uma vida melhor para eles. É por isso que eu trabalho diariamente, eles são o meu incentivo", declarou.
Tupã, irmão de Roni, atuava na base do Palmeiras antes de identificar um problema cardíaco e precisar ser afastado do clube. Hoje, o camisa 29 defende o arquirrival do Verdão e diz que entende a importância de um Derby.
"Eu sou apaixonado pelo Corinthians e sei o tamanho da importância de um Derby aqui, tive a oportunidade de jogar alguns na base. Fazer um gol em um jogo como esse seria mais um sonho, mas neste momento penso somente em fazer um bom trabalho nos treinamentos para conquistar meu espaço aqui no grupo profissional", declarou.
Apesar de grande repercussão devido a uma primeira atuação empolgante para a torcida alvinegra, Roni segue mostrando naturalidade e muita maturidade para seguir em frente em busca de se consolidar na titularidade. "Não me deixo influenciar. Como eu já disse, ainda não sou ninguém e tenho que comer muito feijão com arroz", finalizou.
