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Futebol Brasileiro

Gabriel, do Corinthians, abre o jogo e fala sobre o impacto da eliminação na Pré-Libertadores

Além disso, Gabriel falou sobre Tiago Nunes, do período de treinamentos em casa e sobre a situação do Corinthians no Paulistão

Gabriel garante que Corinthians brigará pelo título do Brasileirão
Gabriel garante que Corinthians brigará pelo título do Brasileirão (AGIF)

Por Victor Lopes e Rodrigo Fragoso

Gabriel é um dos jogadores do Corinthians mais identificados com a torcida no elenco. Muito se deve ao fato do volante ser corintiano desde criança e nunca ter escondido isso, por conta disso, o jogador, em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, abriu o jogo sobre a atual situação do Corinthians.

Queríamos estar melhor até pela nossa qualidade e pela grandeza do Corinthians", disse Gabriel.

No Corinthians desde 2017, o volante foi treinado por Fábio Carille, Osmar Loss, Jair Ventura e agora Tiago Nunes. Gabriel quis evitar comparações entre os comandantes e se diz honrado em trabalhar com o atual treinador. Além disso, disse que a eliminação na pré-Libertadores "mexeu muito" com todo o elenco do Corinthians, mas garantiu que o time vai brigar pelo título do Campeonato Brasileiro.

VEJA A ENTREVISTA EXCLUSIVA COM GABRIEL:

EI: Como tem sido o seu dia-a-dia? Gosta de fazer o que para passar o tempo?

Meu dia-a-dia tem sido bem produtivo, primeiramente treinando muito, fazendo minha preparação individual pra voltar bem, sei que é um período que estaria em final de campeonato e começo de Brasileiro, um período que tínhamos que estar voando fisicamente, até pra não jogar um pré-temporada no lixo. Estou tentando fazer meu melhor aqui, de vez em quando, jogando um videogame, jogando uma sinuca, pra distrair a cabeça, ficar em casa com a família, mas o primeiro foco meu é estar bem fisicamente pra voltar bem.

EI: Com relação aos treinamentos. O clube passou uma cartilha com os cuidados e os exercícios a serem feitos? Existe um acompanhamento?

Sim, temos uma cartilha de treino, paralisou tudo, mas não podemos deixar isso de lado, nosso trabalho. Temos que estar preparados, independente se for dentro de casa ou não. O clube passou treinamentos e prevenções para que possamos nos manter bem.

EI: Qual a sua opinião sobre o Estadual. Acha que ele deve ser retomado, cancelado? Qual sua visão?

A respeito do campeonato, eu não tenho muita forca pra opinar nisso, é uma coisa de clubes, presidentes, de federação paulista. Lógico que o jogador tem que estar preparado para jogar qualquer tipo de competição, se voltar, vamos voltar preparados pra fazer dois grandes jogos que faltam da primeira fase, e, se for pro mata-mata, tentar ser campeão. A gente sabe que isso pode atrapalhar o calendário, atrapalhar o Brasileiro, atrapalhar no sentido de embolar jogos e não ter datas para realizar as partidas. Isso está confuso ainda, nós jogadores não temos informações concretas do que vai ser a temporada. Meu principal foco é me manter preparado e forte para voltar bem.

EI: Sobre o Campeonato Paulista. Você disse em sua última entrevista coletiva que a situação do time preocupava, o Corinthians está em uma situação muito complicada para avançar para o mata-mata. Caso o Corinthians não classifique, você consideraria um vexame?

A respeito do Paulistão, queríamos estar melhor até pela nossa qualidade e pela grandeza do Corinthians. Como eu disse na minha última entrevista coletiva, somos o atual tricampeão paulista, temos que estar preparado, caso volte o campeonato. Temos chances de classificação, sim, é o nosso objetivo. Até porque na hora em que o Corinthians chega no mata-mata, chega em jogos decisivos, o Corinthians cresce. As coisas podem dar certo pra nós, estamos focados, se voltar, voltar bem e buscar a classificação.

EI: Tiago Nunes chegou com muita moral no Corinthians depois de um grande trabalho no Athletico. Por que ainda não engrenou no comando do Timão?

Como eu disse, queríamos estar melhor, em uma posição melhor no campeonato, ter classificado na Libertadores, que era um dos nosso objetivos maiores do ano, também. Não podemos correr e fugir dessa responsabilidade, o futebol é feito de desafios e de etapas. A gente sabe que é inicío de um trabalho, temos que ter a consciência disso. O Tiago é um grande treinador, grande pessoa, tentamos trabalhar muito e fazer nosso melhor a cada dia, as coisas tendem a melhorar daqui pra frente.

EI: Tiago Nunes sempre deixou claro que é um processo diferente, uma filosofia diferente daquilo que vinha sendo trabalhado no Corinthians há muitos anos. Mas para vocês jogadores, quais são as maiores dificuldades nessa adaptação?

Toda adaptação gera uma mudança, é normal. Sabemos que o processo seria desse jeito, de entendimento, filosofia de trabalho, jogo, dia-a-dia. Como eu disse, somos atletas, somos funcionários do clube, temos que estar preparados para qualquer tipo de situação de ordem, de treinamento, de filosofia, isso é bom para nós crescermos, para a gente ter uma outra visão do futebol e até do dia-a-dia. Venho me adaptando muito bem, já estou adaptado e só resta nós trabalharmos e procurar fazer o melhor a cada dia.

EI: Para você, Tiago Nunes tem o estilo de jogo mais diferente de todos os técnicos que você já trabalhou? E muitos apontam as diferenças dele para o Carille, você consegue encontrar alguma semelhança?

Comparação de treinador, não tenho como falar. O Carille foi um treinador que me adaptei muito bem com ele, fiz grandes temporadas com ele. O Tiago, agora, estamos começando um trabalho, não tem como fazer uma comparação disso. Claro que tem estilos diferentes, isso é normal no Brasil e no mundo. São dois grandes treinadores, apesar de jovem, já tem uma história legal no futebol, isso é de se aplaudir. Eu fico feliz de ter essa honra de trabalhar com esses dois treinadores, são dois caras que tem um futuro ainda muito grande pela e um futuro que será vitorioso também

EI: Sobre seu futebol. Em 2017, por exemplo, você foi Heptacampeão atuando em 30 jogos, todos como titular, um dos principais jogadores. Hoje você não tem essa titularidade garantida. O quanto você acha que o estilo de jogo pode ter te prejudicado, e o que você acha que precisa fazer pra estar entre os 11 titulares?

2017 foi um ano marcante na minha carreira, por tudo que passou comigo de chegar no Corinthians, pela maneira que eu vim, ser recebido muito bem pela torcida e pelo grupos, que eu isso me surpreendeu bastante. Foi um ano especial, fiz grandes partidas, você chega no primeiro ano e ser campeação paulista e brasileiro, nada sozinho, claro, sempre com o grupo, e um grupo de se aplaudir de pé, mas não é fácil e conquistar o que conquistamos. Hoje tenho que ser melhor a cada dia, ter a mente forte para sempre poder vencer e poder jogar. Nunca escondi que quero jogar, todos tem esse sentimento de quere jogar, porque somos funcionários para poder entrar em campo, fazer o nosso melhor e ajudar o Corinthians. Não sou diferente, quero fazer o que sempre fiz, ajudar dentro de campo e procurar fazer isso e conquistar meu espaço nos treinos, nos jogos, para sempre fazer o melhor pra mim e para o Corinthians.

EI: Claro que estamos ainda em um início de temporada, o Corinthians com uma filosofia diferente. É normal a oscilação. Mas vocês imaginavam que seria tão difícil assim, aliar o resultado com o desempenho?

Oscilação é normal sim, mas temos que melhorar. Sabemos da posição que deveríamos estar, tem que ter a consciência de que o Corinthians tem que brigar por títulos, a história do Corinthians é assim e vem sendo assim nos últimos anos. Nos últimos anos o Corinthians é o maior campeão do Brasil em termos de competições importantes. Temos que ter essa mente que temos que melhorar, oscilação é normal, mas as margens para a melhora estão aí e temos que trabalhar para isso.

EI: O quanto que a eliminação na Libertadores, de maneira precoce, mexeu com vocês? Acha que essa eliminação também pode ter influenciado no desempenho do time no paulista?

Mexe muito a eliminação, ninguém gosta de ser eliminado. Afetou sim, o rendimento, os jogos depois da eliminação, mas temos que olhar pra frente e buscar nossos objetivos ainda que são grandes nesse ano.

EI: Vocês sempre disserem que o grupo estava unido, que estão jogando juntos com Tiago Nunes. Como tem sido a conversa com seus colegas de time? Conversam por chamada de vídeo? Ou é momento de ficar “sozinho”, sem falar de futebol?

Contato é muito grande, além de companheiros de trabalho, somos amigos. Todos estão por um objetivo que é levar o Corinthians aos títulos, assim é melhor. Conversamos diariamente, tentamos incentivar um ao outro, para não baixar a guarda, para voltar bem, fisicamente e mentalmente. Teremos um ano que vai embolar muitos jogos, semanas que terão três, quatro jogos, temos que estar preparados para suportar essa maratona, nosso grupo vem mantendo contato, todos temos esse objetivo de ser campeão.

EI: Claro que ninguém gostou dessa paralisação. Uma paralisação que vem no inicio da temporada, momento em que os jogadores estavam pegando ritmo, entrosamento. Mas é uma paralisação muito necessária. Já que ela veio, foi uma paralisacão boa pro Corinthian? O time não estava conseguindo vencer, isso de alguma forma pode mexer como animo, vocês voltarem “renovados”?

De jeito nenhum, é uma paralisação que não mexeu com o time, mexeu com o mundo, com pessoas, com famílias, nunca podemos dizer isso, que foi uma parada boa para o Corinthians. Pessoas estão morrendo, famílias estão quebrando. É um momento que temos que colocar a cabeça no lugar, tentar ser uma melhor pessoa, um melhor pai, filho, jogador, atleta, temos que ter essa consciência.

EI: Olhando pra frente. Corinthians entrar pra brigar por título no Campeonato Brasileiro?

Com certeza, vamos brigar pelo título, sim. Se você veste a camisa do Corinthians, entra em um Brasileirão e não tem esse pensamento, acho que você não é digno de vestir essa camisa. Temos que brigar sim, e pensar como Corinthians.

EI: Você é um cara novo ainda, tem 27 anos de idade. Você pensa em jogar na Europa? É algo que motiva? Mesmo jogando no clube de coração?

Isso é um assunto bem delicado, até porque, todo jogador tem o sonho de jogar na Europa, mas hoje eu estou no maior clube do Brasil, eu estou no clube que estou adaptado, desde criança eu estava no estádio e via o Corinthians jogar. Eu vivo um sonho a cada dia, estou muito feliz, realizado e adaptado. Não sabemos o que vem pela frente, em termos de carreira. Sabemos o hoje, vivemos o hoje. Estou feliz no clube que me abriu as portas e me deu a oportunidade de vencer novamente. Estou bem tranquilo quanto a isso e vou procurar ser um melhor Gabriel a cada dia.

EI: Quando Tiago Nunes chegou, ele deixou claro com quais jogadores queria contar, dispensou atletas importantes como Jadson e Ralf. Por característica de jogo, você pensou que poderia ficar de fora, também? Como que foi esse momento da chegada de um novo técnico? Chegou a ser proposta? Conta pra mim, como foi esse período de incerteza...

A parte da comissão e plantel de jogador, isso não cabe a mim responder. Não pensei em não jogar, sou um jogador que sou competitivo demais, quero sempre estar ali. Se eu estou no Corinthians, tenho certeza que tenho condição de jogar. Todos os jogadores que estão ali tem condições de jogar, se não, não estariam ali, sou um deles. Vou para o meu quarto ano de Corinthians, muito feliz e adaptado. Já conquistei títulos importantes, desde quando eu cheguei, marcas importantes, minha história só está dando continuidade dentro Corinthians e vou procurar viver isso intensamente a cada dia, a cada jogo. Isso faz parte da minha história.

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