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Futebol Brasileiro

Sá Pinto: "Me fez apreensivo o tempo que o treinador tem para desenvolver o trabalho aqui"

Português falou sobre o receio que teve para aceitar o trabalho no Vasco 

Ricardo Sá Pinto é apresentado oficialmente no Vasco
Ricardo Sá Pinto é apresentado oficialmente no Vasco (Rafael Ribeiro/Vasco)

Por Redação do Esporte Interativo

Na tarde desta sexta-feira (16), Ricardo Sá Pinto foi oficialmente apresentado pelo Vasco. O técnico português foi a São Januário, onde conheceu as intalações do clube e concdeu entrevista coletiva.

Um dos assuntos citados por Pinto foi o maior receio que teve antes de se acertar com o clube carioca. Segundo o novo comandante, o seu maior medo não foi o estado em que a pandemia está no Brasil, e sim o pouco tempo que os treinadores tem para montar seus trabalhos nos times. Ricardo afirmou que chegou a falar com pessoas envolvidas com o futebol nacional.

"Falei com treinadores e com jogadores para perceber a realidade. Esse campeonato é muito competitivo, talvez o mais competitivo do mundo, recheado de grandes equipes. A diferença entre um empate, uma derrota, uma vitória muitas vezes é no detalhe e vai ser nesse detalhe que teremos atenção. Sempre gostei do Vasco, pensava se um dia tivesse essa oportunidade. O que me fez estar apreensivo nem foi a pandemia, isso não me tirararia do Vasco, mas o tempo que o treinador tem para desenvolver o trabalho, porque os resultados não caem do céu. É trabalhar numa ideia concreta de jogo e para ter equilíbrio tem que ter tempo, mas não temos tempo. Não ganhamos há sete jogos, mas já queremos ganhar já contra o Inter. Espero que os jogadores assimilem bem nossas ideias e em conjunto possamos nos entender e fazer com que o Vasco consiga progredir e alcançar resultados."

Pinto falou também sobre a passagem de outros treinadores portugueses que passaram no futebol brasileiro, suas inspirações, nomes de peso com quem já trabalhou e que recusou outras propostas para trabalhar no Vasco por ser um sonho antigo.
"É certo que tivemos aqui três portugueses, houve quem ficasse mais tempo que outros, mas é reconhecido o valor do técnico português. Mas a responsabilidade é quanto a mim, sou o primeiro a me cobrar. Tenho trabalhado em grandes clubes na Europa, vencido coisas importantes. O Braga com orçamento limitado foi a melhor equipe de todos os grupos da Liga Europa. Vencemos equipes que têm não sei quantas vezes o nosso orçamento. Saio do Braga depois de um grande trabalho e aproveite o tempo vivendo o futebol, vendo jogos, lendo livros, inspirado em Bielsa, Guardiola, Mourinho com quem estagiei duas vezes, um amigo também. Pesquisar, internet, sites que sou assinantes, participei em alguns congressos, ocupei desta forma o tempo com vontade de treinar. Apareceram muitas propostas, muitas no Oriente, mercado que agora não queria ir, na Europa várias, mas esse convite do Vasco era um sonho antigo, apesar dessa responsabilidade, o risco faz parte de toda profissão, ainda mais por quem está sendo observado por 35 milhões de apaixonados que querem ver o clube vencer."

O novo comandante cruz-maltino foi perguntado como encontrou os jogadores do elenco em seu primeiro encontro e respondeu dessa forma:

Não encontrei uma equipe depressiva e nem triste, encontrei uma equipe com fome de ganhar, isso que senti.

Sá Pinto ainda mandou uma mensagem para a torcida:

É hora do trabalho, é hora de lutar, de acreditar e também de unir, de estarmos todos juntos. Sabemos dessa situação e da realidade, a mensagem que deixo é de esperança.

"A torcida é fantástica, tenho sentido muito apoio, mas peço também que não sejam impacientes, para que a equipe tenha paz para desenvolver suas qualidades, jogadores têm talento, tem qualidade, então acreditem que esse ano teremos muitas alegrias."

Ricardo ainda completou a coletiva falando sobre seu jeito de liderar suas equipes e disse "democrático" .
"Eu sou um líder democrático, liderar é das coisas mais difíceis, talvez seja o segredo da maior parte dos treinadores. Uma das situações que gosto de usa é o relacionamento com jogadores, quanto mais conhecemos eles, mais chance temos de acertar. Na minha relação com a equipe tento estar próximo porque somos família, eu faço minha parte e ele a deles. Tem que ter uma liderança, mas não quero que me sigam porque sim, mas porque acreditam na mensagem que dou. Gosto de recompensar com abraço, palavra, ajudá-los nos momentos ruins. quando tem erro no jogo, não gosto de abandonar. Nada na vida se conhece sem sacrifício, nós temos que nos sacrificar muito, agora é hora de trabalhar para colher os frutos.

  • Ricardo Sá Pinto
  • Vasco

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