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Futebol Brasileiro

Wellington usa experiência para motivar Walter: ‘Eu sei o que é treinar separado após doping’

Volante contou que motivação de atacante contagia o grupo e relembrou sua experiência com doping: ‘pior que qualquer lesão que já tive’

Por Aline Nastari

Walter está afastado do futebol desde que foi pego no doping em 2018, no CSA. O jogador foi punido pelo uso de furosemida e metabólitos de sibutramina, substância usada na perda de peso. Recentemente assinou contrato com Athletico por 3 meses, até 06 de agosto. A ideia é que no fim desse período ele seja reavaliado pelo clube para uma possível extensão de vínculo. A partir do dia 05 de julho a suspensão termina e ele estará liberado para entrar em campo. Quem tem contato com atacante destaca sempre a motivação que ele vem demonstrando para superar essa fase. O volante Wellington, em entrevista ao “Fora de Jogo” do Esporte Interativo, contou que tenta motivá-lo com a sua própria experiência.

“Motivação que nos motiva também, eu particularmente fico motivado. Eu sei o que é treinar separado, esperando autorização de liberação após um doping, sei o que ele está passando, tenho procurado motivá-lo. Athletico é um clube de exemplo que eu essa oportunidade para ele, teve um lado humano dando segunda oportunidade no clube, na primeira passagem ele fez história e é um jogador com qualidade que dispensa comentários, todos nós sabemos que é um grande 9, sabe trabalhar em um toque, finalizar com as duas pernas, tem trabalhado muito para chegar nos objetivos dele e do clube para estar preparado e nos ajudar o quanto antes nos jogos oficiais quando voltar”, contou o volante.

Wellington testou positivo no exame anti-doping para as substâncias hidroclorotiazida e clorotiazida classificadas como diuréticos em 2015, quando atuava pelo Internacional. O volante ficou suspenso por seis meses. O atleta relembrou os momentos que classifica como os piores da carreira e falou da dificuldade de lidar com o peso que o nome “doping” carrega.

“Muitas vezes você tem que fazer coisas sem pensar. Quando fui pego no doping não podia vincular minha imagem a nenhum clube, voltei pra São Paulo. Minha esposa disse que não podia ficar parado e contratei alguém para me dar treino. A primeira semana bacana, fiz exercício, aí vem a segunda, terceira, quarta, quinta, até dar cinco meses. Tive apoio muito grande da minha família que me incentivava. Meu filho era minha maior motivação, não entendia nada só queria sorrir e brincar, aquela pureza de mostrar como é a vida. Foi um momento complicadíssimo e arrisco a dizer que pior que qualquer lesão que já tive. O atleta não tem culpa, o atleta não vai se dopar, e aquele preconceito que muitas pessoas olham: Wellington foi pego no doping. A pessoa olha o título e não o que aconteceu, tomou alguma coisa que o clube deu e foi contaminado, ninguém quer saber e você é julgado. Muitas pessoas na rua perguntaram se tinha usado alguma coisa, não meu, sempre fui muito profissional”, lembrou.

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Quando a punição estava prestes a acabar, em um treino, Wellington se machucou e teve que passar por uma cirurgia no joelho. Ao todo, o jogador ficou praticamente um ano longe dos gramados. Toda essa superação foi fundamental para se tornar o profissional que é hoje.

“Voltei pro São Paulo tive todo respaldo do Leco aí chego para treinar no clube, me lembro bem, faltava uma semana para ser inscrito na libertadores e aí machuco o joelho direito, aí falei não é possível, já tinha acabado 6 meses de suspensão faltando uma semana para acabar tudo eu machuco o joelho direito e já sabia o que ia passar para recuperar de novo, 7 meses de recuperação. Foi um momento de reflexão, por tudo que passei me fez ser esse cara que sou hoje, profissional, homem, pai de família. Você aprende muito coisa, não podendo fazer o que mais ama. Aprendi muito e tive que me reinventar, mudar a minha chave durante 7 meses. Foram momento difíceis para que eu pudesse fazer o que tenho feito hoje com a camisa do Athletico”, ressalta Wellington.

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