Brasileiros contam detalhes do retorno do futebol na Coreia do Sul

Um dos primeiros torneios do mundo a retornar após a paralisação por conta do novo coronavírus, o Campeonato Coreano conta com dois brasileiros de destaque. Edgar e Cesinha, do Daegu FC. Ambos conversaram com a reportagem do Esporte Interativo e contaram detalhes deste retorno da K-League, nesta sexta-feira (8).

"Nem chegamos a parar. Ficamos só 5 ou 6 dias sem treinamento. A maioria aqui mora no clube. Estamos felizes com esse retorno, mas quando a situação ficou tensa nós quase piramos. Tivemos uma reunião com o clube para ir embora de volta pro Brasil", revelou Edgar.

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"Conversei com o Edgar esses dias e concordamos que o clube fez muito bem de não ter liberado a gente. Olhamos agora para o Brasil e ficamos com medo das nossas famílias. Hoje estamos com menos de 50 casos por dia no país. É uma outra cultura. Estamos nos dando muito bem", complementou Cesinha.

O retorno da K-League está deixando os jogadores muito ansiosos. O campeonato será transmitido para muitos países, e a promessa de audiência é enorme. Os craques do Daegu FC sabem que grandes atuações nesse momento podem ser relevantes para o futuro deles no futebol mundial.

"Eu particularmente estou muito ansioso. Vai passar para 10 países ao vivo. Temos uma noção de que o mundo inteiro vai estar assistindo. As pessoas vão ver esses lances depois. Dá um friozinho na barriga. Claro que tem que controlar um pouco, não passar muito do ponto", disse Cesinha.

Especulado no Vasco na temporada passada, Edgar garante que está muito feliz na Coreia e quer continuar no país por algum tempo (opinião que é compartilhada por Cesinha). O atacante visa retornar ao futebol brasileiro, mas entende que essa volta ainda está longe.

"Eu gosto muito aqui da Coreia. Cresci no interior de São Paulo com muitos coreanos. Tinha isso na cabeça (morar na Coreia) e acabou acontecendo. Consegui chegar no Daegu e conquistar um título inédito. Todos gostam muito de mim, quero continuar aqui sim. Gosto do lado asiático do mundo, eu gosto muito daqui. Quero voltar um dia (ao Brasil), acabou que tive poucas oportunidades, mas tenho vontade de vencer no Brasil também.