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O favorito e a zebra: Bayern e Leipzig mostram força da Bundesliga na Champions

Bayern de Munique está praticamente garantido nas quartas de final, enquanto que o Leipzig eliminou o vice-campeão do ano anterior

RB Leipzig e Bayern de Munique representam a Bundesliga na Champions
RB Leipzig e Bayern de Munique representam a Bundesliga na Champions - picture alliance (dpa (www.dpa.de))

Por Arthur Quezada

A Bundesliga nunca esteve tão em evidência no Brasil como em 2020. Foi o primeiro grande campeonato europeu a regressar, depois de 66 dias, após a parada obrigatória por conta da pandemia do Covid-19. O protocolo rígido e funcional da DFL (Liga Alemã de Futebol), seguido a risca pelos 36 clubes, tanto da primeira quanto da segunda divisão, foi fundamental para o retorno em segurança da competição.

Com isso, a Bundesliga serviu de exemplo para o velho continente, e aos poucos, quase todas as grandes ligas usaram o Campeonato Alemão como espelho para voltar.

Por ter regressado antes, a competição foi analisada ao pormenor, e ficou claro que a qualidade dos clubes alemães subiu de patamar nesta última temporada. Obviamente, o oitavo título consecutivo do Bayern de Munique tirou um pouco do brilho da reta final da competição, mas a intensidade das equipes, a versatilidade dos plantéis, os jovens talentos e principalmente a briga por vaga na próxima Champions, mostrou que as equipes da Bundesliga estão mais fortes.

Não é à toa que três representantes alemães seguem vivos nas quartas de final das duas maiores competições europeias: o Bayer Leverkusen classificado na Europa League e, na Champions League, Leipzig com vaga garantida nas quartas, e o Bayern de Munique quase lá, já que bateu o Chelsea por 3x0 no jogo de ida das oitavas de final da competição, em Londres.

Porém, na maior competição de clubes do mundo, Bayern e Leipzig vivem situações opostas, pelo menos quando o assunto é expectativa.

Gigante e favorito

Apesar de toda a tradição do Bayern de Munique, cinco vezes campeão da Champions, no início da Liga dos Campeões poucas pessoas apontavam o Gigante da Baviera como potencial favorito ao título. Entretanto, a campanha dos bávaros e os títulos a nível nacional mudaram esse cenário. O Bayern se tornou um “bicho papão” que ninguém quer pela frente.

 

A equipe começou 2019/2020 oscilando bastante especialmente na Bundesliga. Sob o comando do croata Niko Kovac, o Bayern não jogava bem. A dependência dos gols de Lewandowski era evidente. Philippe Coutinho, que chegou por empréstimo do Barcelona para ser o camisa 10, não era constante. Thomas Müller, Boateng, Thiago, dentre outros jogadores, também não rendiam com o comandante.

O estopim aconteceu na goleada sofrida para o Eintracht Frankfurt na décima rodada da Bundesliga. Um 5x1 que derrubou Kovac do comando técnico e deixou os bávaros em quarto lugar na competição.

A direção do clube decidiu apostar em uma solução caseira para o restante da temporada. O auxiliar alemão Hansi Flick, que já tinha trabalhado na seleção da Alemanha na Copa de 2014, foi o escolhido. O Bayern acertou em cheio. O novo comandante deu folego a equipe, recuperando jogadores como Thomas Muller, que aos 30 anos voltou a jogar em alto nível e hoje é um dos destaques do time com 12 gols e 25 assistências.

 

Na Liga dos Campeões, o Bayern foi impecável. Fase de grupos com seis jogos e seis vitórias, incluindo a maior goleada da competição: 7x2 sobre o Tottenham, em Londres. Nas oitavas um duelo difícil contra o Chelsea, porém no primeiro jogo os bávaros atropelaram os donos da casa por 3x0, jogando o melhor futebol da Europa naquele momento, em março deste ano, e estando 100% na Champions, com o melhor ataque da competição, somando 27 gols. Fatos que colocaram o Bayern, definitivamente, como um dos favoritos ao título.

Agora, quase cinco meses depois, o time de Hansi Flick volta à Champions com a dobradinha nacional da temporada na prateleira – Copa da Alemanha e Bundesliga (oitava conquista consecutiva).

A equipe praticamente não tem desfalques, apenas o lateral direito Benjamin Pavard está fora da competição com uma lesão ligamentar. Coutinho não fica para a próxima temporada, mas é opção na reta final da Liga dos Campeões.

Lewandowski marca um, dá duas assistências e Bayern atropela o Chelsea

A primeira vez do Leipzig

Para o RB Leipzig, estar nas quartas de final é um sonho, ou melhor, um investimento de muito sucesso. O time/empresa que tem a Red Bull como proprietária atinge pela primeira vez esta fase da competição.

A equipe comandada pelo jovem treinador Julian Nagelsmann, de 33 anos, surpreendeu nesta temporada. Na Bundesliga, chegou a liderar a competição por algumas rodadas, acabou ficando em terceiro lugar no final da competição, já garantindo vaga para a próxima Champions.

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Uma equipe jovem, porém recheada de promessas, como o zagueiro francês Dayot Upamecano, 21 anos, o meia espanhol Dani Olmo, 22 anos e o volante francês Nkunku, 22 anos, entre outros.

Na Liga dos Campeões, o Leipzig faz uma excelente campanha. Oito jogos, cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Eliminou o Tottenham de José Mourinho nas oitavas de final com facilidade, duas vitórias e 4-0 na somatória dos dois jogos. Agora, a equipe chega a Lisboa como uma das zebras desta Champions e vai encarar o especialista em mata-mata Atlético de Madrid, no dia 13 de agosto.

Lewa in, Werner out

Durante toda a temporada, Bayern e Leipzig tinham como protagonistas máximos os seus centroavantes. Os bávaros contam, como sempre, com Lewandowski. O Leipzig tinha em Timo Werner sua grande arma. Porém, apenas o polonês vai estar em Lisboa. O jovem atacante alemão fez 34 gols em 45 partidas, mas acertou sua transferência para o Chelsea, por 50 milhões de euros, e não estará mais em campo pelo Leipzig.

Já Lewandowski promete ser um dos grandes protagonistas do Final 8 em Portugal. Aos 31 anos, o centroavante já marcou 51 gols em 43 jogos nesta temporada. Foram 11 tentos na Liga dos Campeões, que o colocam como artilheiro isolado da competição.

Pra se isolar na artilharia! Lewandowski só empurra para o fundo do gol após passe de Davies

Tempo pode ser inimigo

Uma das grandes preocupações de Bayern e Leipzig é o tempo entre o fim da Bundesliga, dia 28 de junho, até o recomeço da Champions, em meados de agosto. O último jogo oficial dos bávaros antes do duelo com o Chelsea foi dia 4 de julho, na final da Copa da Alemanha com a vitória sobre o Bayer Leverkusen por 4x2. Já o Leipzig entrou pela última vez em campo, oficialmente, dia 27 de junho, contra o Augsburg pela Bundesliga.

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